A corrupção atingiu os seus piores níveis em mais de uma década na África do Sul, onde estão previstas eleições gerais para os próximos meses, juntando-se às fileiras de países onde a corrupção está “enraizada” e pode “se espalhar”, segundo um relatório publicado pela organização não governamental Transparência Internacional na terça-feira.
• Leia também: Itália acolhe cimeira africana para apresentar o seu “novo acordo”
• Leia também: Quénia: O Judiciário declara “ilegal” o destacamento de agentes policiais no Haiti.
A ONG anticorrupção publica anualmente o Índice de Perceção da Corrupção em 180 países, avaliando o seu nível no setor público, tal como percebido pelos especialistas e pelo mundo empresarial.
“A África do Sul nunca teve uma pontuação tão baixa antes” desde que a Corruption Watch, o braço local da Transparência Internacional, iniciou o seu trabalho há 12 anos no país que é agora classificado como uma “democracia inovadora”, afirma a ONG.
Ela acrescenta no seu relatório: “A África do Sul junta-se agora a países de todo o mundo onde a corrupção parece não só estar enraizada, mas também capaz de se espalhar”.
“É frustrante que num país onde pessoas corruptas tenham sido expostas através de processos públicos como a Comissão Zondo e através de investigações robustas dos meios de comunicação social, tão poucos partidos tenham sido levados à justiça”, disse Karam Singh da Corruption Watch.
O juiz Raymond Zondo presidiu a comissão que investiga a corrupção desenfreada durante os nove anos em que o ex-presidente Jacob Zuma esteve no poder (2009-2018) durante quatro anos. Em 2022, apresentou conclusões convincentes extraídas de mais de 400 dias de audiências com a participação de mais de 300 testemunhas.
O Presidente Cyril Ramaphosa, que foi chamado a testemunhar perante a comissão, prometeu repetidamente reprimir a corrupção. Mas nenhuma prisão foi anunciada nesta fase.
As questões de corrupção são também um dos elementos que explicam a perda de terreno nas sondagens de opinião para o partido histórico no poder desde o fim do apartheid, o ANC.
No meio de escândalos e num contexto social e económico sombrio, o Congresso Nacional Africano, segundo as sondagens de opinião, corre o risco de perder a maioria parlamentar, pela primeira vez na sua história, durante as próximas eleições agendadas para entre Maio e Agosto.
Os sul-africanos irão às urnas para renovar os seus parlamentos nacionais e locais, com esta votação abrindo caminho para a eleição do próximo presidente, que é nomeado pelos legisladores nacionais e não por sufrágio universal directo.
Sim, a mancha solar monstruosa AR3664 está no noticiário novamente.Embora a mancha solar tenha se…
A Federação Internacional de Futebol Associado (FIFA) anunciou nesta sexta-feira que o Brasil sediará a…
Imagem criada com inteligência artificial. Uma equipe de pesquisadores do Imperial College London, da Academia…
Apesar de ter vencido no voto popular por sete milhões de votos em 2020, Joe…
Inundações: Vietnã expressa solidariedade ao Brasil O primeiro-ministro Pham Minh Chinh enviou uma mensagem de…
Inscreva-se no boletim científico da Wonder Theory da CNN. Explore o universo com notícias de…