a menos 10 graus abaixo de zero, moradores de rua morrem e as plantações de café sofrem com a geada

Uma forte onda de frio atinge o Brasil. Os sem-teto são os primeiros a sofrer, mas os cafeicultores também correm o risco de perder suas safras. Neste país tropical, autoridades, ativistas e líderes religiosos estão fazendo o que podem para limitar o sofrimento das pessoas nas ruas.

Neve, geada, chuva congelante: o sul do Brasil vive um inverno rigoroso este ano. A pandemia e os cortes drásticos do governo nos gastos sociais empobreceram muitos brasileiros que perderam seus empregos e ficaram sem teto.

Em São Paulo, a maior cidade do Brasil, o mercúrio caiu para -4 graus Celsius na sexta-feira. As temperaturas devem persistir ao longo do fim de semana. Em altitude, as temperaturas podem cair para -10 graus.

Uma associação que ajuda os sem-teto descobre que há o dobro de pessoas nas ruas este ano.

Christian Braga, fundador da ONG Grupo de Atitude Social, observa: “Parece paradoxal, as pessoas morrem de frio em uma cidade tropical, em um país tropical como o Brasil, as pessoas estão perdendo a vida por causa do frio. Mostra o quanto falhamos como sociedade em unificar esforços para resolver problemas. “

Antonio Pacheco, 36 anos e morador de rua descreve sua existência: “Por volta das 19h às 20h, tentamos ficar em nossos cobertores e evitar andar. Está frio, a solução é deitar para se aquecer. “

O frio mata, explica esse sem-teto: “Aqui morreram dois sem-abrigo, no Parque D. Pedro. Todos os anos morrem pessoas. Não é só este ano. Todos os anos, quando está frio, morrem pessoas. “

A torrada de café

Esse frio intenso também é a desgraça dos cafeicultores brasileiros. As safras congelaram no solo, elevando os preços internacionais do café e do açúcar. Arábica atingiu uma alta em sete anos esta semana.

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O Brasil é o maior produtor mundial. O governo estima que só as geadas da semana passada afetaram 150.000 a 200.000 hectares, ou cerca de 11% da área total de cultivo de Arábica no país.

A geada atingiu as folhas e ramos, que em alguns casos estão todos mortos, obrigando os produtores a fazerem cortes radicais. Consequência: a safra de 2022 está reduzida a nada e a do ano seguinte muito comprometida.

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