Segundo o que os autores que descreveram a espécie informaram à Folha de S. Paulo, o fóssil foi retirado do Brasil em 1995, com a autorização do Departamento Nacional de Produção Mineral, órgão que não existe mais e que era o responsável pelos fósseis .
Para piorar a situação, a Sociedade Brasileira de Paleontologia garante que o documento que autoriza a exportação do fóssil era genérico e teria sido assinado por um agente do crime, condenado por fraude em laudos para extração de esmeraldas. Por esse motivo, a entidade questiona a validade do documento.
O fóssil do jubatus Ubirajara está exposto no Museu de História Natural de Karlsruhe. Por iniciativa de cientistas, brasileiros utilizaram a hashtag #UbirajaraBelongstoBR (Ubirajara é do Brasil) em redes sociais, principalmente em publicações de museus, para pressionar a instituição a devolver o artefato.
No entanto, em nota postada no Instagram na última sexta-feira (10), os alemães garantiram que o fóssil ficará na Alemanha.
“Testemunho em Ubirajara. Nas últimas horas, recebemos muitos comentários sobre o fóssil de dinossauro brasileiro Ubirajara. Neste ponto, gostaríamos de esclarecer quem é o legítimo proprietário. O fóssil do dinossauro brasileiro Ubirajara pertence ao estado de Baden-Württemberg. Foi adquirido antes da entrada em vigor da “Convenção da Unesco sobre Medidas para Proibir e Impedir a Importação, Exportação e Transferência Inadmissível de Propriedade de Bens Culturais” e foi introduzido de acordo com todos os regulamentos alfandegários e de entrada. Ele é preservado para a posteridade no Museu Nacional de História Natural de Karlsruhe e está à disposição da comunidade científica internacional para fins de pesquisa. Pedimos que você entenda que removeremos comentários sobre Ubirajara de todas as outras postagens que não tenham nada a ver com este tópico. Também desativaremos o recurso de comentários para nossas postagens antigas.
Segundo informações da Folha de S. Paulo, a convenção da Unesco citada pelo museu data de 1973, porém, a Alemanha estabeleceu uma lei em 2016 que legaliza todo o material trazido ao país antes de 26 de abril de 2007.
Apesar da explicação, os brasileiros continuam determinados a mudar a decisão e pedem uma ação da Embaixada do Brasil na Alemanha para que o fóssil seja repatriado. Existem também aqueles que se organizaram para diminuir a classificação do museu no Google.
O estudo que detalha a descoberta da espécie, ocorrido em dezembro de 2020, foi publicado na revista científica Cretaceous Research. Desde então, a comunidade científica brasileira vem se organizando para recuperar o artefato.
Quando surgiram evidências de que o fóssil havia sido retirado no Brasil de forma irregular, a revista retirou a matéria do site, conforme noticia a Folha.
Renato Ghilardi, presidente da Sociedade Brasileira de Paleontologia, diz que houve contatos entre a instituição e o museu que inicialmente concordou em devolver o Ubirajara jubatus ao Brasil. Depois de alguns meses, eles relataram que mudaram de ideia.
Na descrição do artigo, David Martill, paleontólogo britânico e um dos autores do estudo, fez uma afirmação irônica em e-mail enviado à Folha de S. Paulo. Segundo Martill, se o fóssil estivesse no Brasil, poderia ter se perdido no incêndio do Museu Nacional, ocorrido em setembro de 2018.
“Ficaria muito feliz em ver todos os fósseis brasileiros de todo o mundo voltando ao país, como já disse várias vezes. Felizmente, isso não acontecia há dois anos, porque agora estariam todos reduzidos a cinzas após o trágico incêndio que destruiu o maravilhoso Museu Nacional do Rio ”.
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