O São paulo é favorito para o título de Campeonato brasileiro 2020, que só vai terminar em 2021. Os favoritismos vão mudando de mãos com o desenrolar das rodadas, não são sentenças definitivas, mas não há outra equipe, neste momento, com mais credenciais do que Fernando Diniz para ficar na copa.
O jogo contra o Botafogo, na última quarta-feira, no Morumbi, uma vitória insubstituível por 4 a 0, foi a última da série de três partidas em atraso que o São Paulo teve que fazer no Brasileiro. O time igualou o número de jogos disputados pelo Atlético-MG, vice-líder, e abriu sete pontos de vantagem na liderança. Também marcou a conquista simbólica do primeiro turno.
O torcedor paulista, porém, prefere cautela. E há razões para isso. A equipa que hoje impressiona pela confiança, poder ofensivo e consistência na defesa, foi outrora uma equipa hesitante, que marcou facilmente, que sofreu eliminações vexaminas, que teve o seu treinador a segurar no poste mais do que uma vez – tudo nesta mesma época.
No Brasileiro, porém, mesmo oscilando e com alguns resultados ruins, ele sempre se manteve no time titular, até quando começou a ter jogos adiados por causa das disputas da Copa do Brasil e da Copa Sul-Americana. Foi o que lhe permitiu saltar para a liderança quando o time caiu em novembro – já são 17 rodadas sem derrota no Brasileiro.
Reinaldo e Brenner comemoram gol de São Paulo – Foto: Marcos Ribolli
A esta altura do campeonato, às vésperas do 25º turno, é possível dizer que apenas um terremoto no Morumbi tiraria o São Paulo da condição de candidato ao título. O rótulo favorito é reforçado pelos tropeços recorrentes dos adversários mais próximos, Atlético-MG e Flamengo.
Num torneio tão peculiar como o deste ano, São Paulo é reforçado até pela forma exemplar como tem enfrentado a pandemia de Covid-19. Até o momento, apenas Tchê Tchê perdeu jogos por estar infectado – Bruno Alves e Reinaldo faltaram por precaução, seja por sintomas ou por contato com alguém com resultado positivo, mas não foram diagnosticados com a doença.
Enquanto isso, Atlético-MG, Flamengo, Palmeiras, por exemplo, com escalações mais estelares, sofreram surtos da doença que atingiram os times.
Contra o Botafogo, o jogo terminou no intervalo. Brenner abriu o placar de cabeça, bem posicionado, completando um cruzamento na medida de Gabriel Sara. O artilheiro do time na temporada ainda fez o 20º logo depois, com o pé esquerdo. No final do primeiro tempo, Reinaldo ampliou o pênalti.
Jogador, Brenner fala do artilheiro e do bom momento paulista
Os cariocas, cujo destino aparentemente está selado para a segunda divisão do ano que vem, não se importaram – principalmente depois que Marcelo Benevenuto foi expulso por falta de Luan.
No segundo tempo, o São Paulo foi poupado. Diniz levou Luan, Gabriel Sara, Igor Gomes, Juanfran e Tchê Tchê, todos enforcados, para não perdê-los para o clássico no próximo domingo, às 18h15, contra o Corinthians, na Arena Neo Química – onde os tricolors nunca venceram.
Mesmo em marcha lenta, o São Paulo ampliou, goleiro do Hernanes aos 44 minutos do segundo tempo.
A prudência é boa, e será o mote de Diniz, mas nenhum outro time reúne tantas qualidades de times campeões no brasileiro quanto o atual São Paulo.
Jogadores paulistas comemoram um gol do São Paulo na derrota do Botafogo – Foto: Marcos Ribolli