Ancelotti tem contrato com o Real Madrid até junho de 2024 e já disse publicamente que quer continuar até lá. Ele assumirá o comando da Seleção a partir da Copa América 2024, disputada no ano que vem nos Estados Unidos (20 de junho a 14 de julho).
Poucos minutos antes desse anúncio, a CBF indicou em nota à imprensa que o brasileiro Fernando Diniz, técnico do Fluminense, clube carioca, comandaria a equipe pentacampeã mundial até que Ancelotti assumisse o comando técnico.
Diniz “é um técnico que realmente tem um projeto de jogo muito parecido com o do técnico que assumirá a Copa América, Ancelotti”, disse o dirigente da CBF, segundo informações divulgadas pelos portais brasileiros UOL e Globo Esporte.
O técnico brasileiro Tite, que estava no cargo desde 2016, deixou o cargo após a derrota para a Croácia nas quartas de final da Copa do Mundo do Catar, em dezembro.
Ancelotti será o quarto estrangeiro a assumir o comando da Seleção, o primeiro em quase 60 anos.
O italiano, no entanto, havia declarado em várias ocasiões que se aposentaria após esta última passagem pelo Real, após quase 30 anos afastado. Mas acabou por se deixar seduzir pelo Brasil, país onde o futebol é rei, para assumir o comando de uma Seleção que já não é um sonho.
Até a posse de Carlo Ancelotti, Fernando Diniz, de 49 anos, ficará dividido entre a direção técnica do Fluminense e a seleção brasileira.
Diniz, portanto, liderará os brasileiros na entrada nas eliminatórias da zona sul-americana para a Copa do Mundo nos Estados Unidos, México e Canadá em 2026. A seleção enfrentará a Bolívia e o Peru em setembro.
A contratação de Ancelotti é uma forma de responder a um grande desafio: os pentacampeões mundiais perseguem há mais de 20 anos a sua sexta estrela e o último título em 2002.
Eliminada nas quartas de final dos dois últimos Mundiais, ainda traumatizada pelo 7 a 1 em casa para a Alemanha nas semifinais de 2014, a Seleção busca se reconectar com sua glória.
Até porque os vizinhos e rivais históricos da Argentina estão em estado de graça, com o título da Copa América conquistado em pleno Maracanã, no Rio de Janeiro, em 2021, e sobretudo a consagração suprema no ano passado no Catar.
Na tentativa de recuperar o brilhantismo para a Copa do Mundo de 2026, o Brasil convoca, assim, um técnico com um histórico de tirar o fôlego, o único a ter levado seleções ao título nacional nos cinco principais campeonatos europeus (Itália, Inglaterra, França, Alemanha e Espanha). ).
“Carletto” também conquistou quatro Ligas dos Campeões como treinador, duas com o AC Milan (2003 e 2007) e duas com o Real (2014 e 2022). Mas é também pela compostura e pela proximidade com os jogadores que foi escolhido pelo Brasil.
“Fomos procurá-lo pelo seu registo, mas também porque é uma boa pessoa […] Quem já trabalhou com ele diz que é aberto, culto e que valoriza o futebol brasileiro”, disse recentemente o presidente da CBF à beIN Sports.
Resta saber se ficará tão à vontade nesta nova função de treinador, sem o contacto diário com os jogadores.
Logo no início da carreira de técnico, como assistente de seu mentor Arrigo Sacchi, Ancelotti teve a amarga experiência de perder uma final de Copa do Mundo nos pênaltis com a Itália para a Seleção em 1994 .
Como técnico, terá que trabalhar novamente com Vinicius Jr, Rodrygo e Eder Militão, peças-chave de sua última passagem pelo Real, onde conquistou seis títulos.
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