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Arte rupestre de 9.000 anos descoberta entre pegadas de dinossauros no Brasil

Um novo estudo descobriu que já há 9.400 anos, caçadores-coletores no que hoje é o Brasil criaram dezenas de impressionantes desenhos de arte rupestre ao lado de pegadas fossilizadas de dinossauros.

Pesquisadores descreveram pinturas rupestres e pegadas de dinossauros que datam da era Paleolítica período Cretáceo (145 milhões a 66 milhões de anos atrás), em um estudo publicado em 19 de março na revista Relatórios científicos. Eles acreditam que os humanos antigos colocaram intencionalmente a arte rupestre ao lado das impressões de dinossauros, já que muitos dos petróglifos estão a apenas 5 a 10 centímetros das marcas fossilizadas, e alguns dos glifos parecem ser ilustrações das impressões. .

“Os indivíduos que fizeram os petróglifos estavam muito familiarizados com as pegadas e provavelmente escolheram o local especificamente por causa delas”, disse o primeiro autor do estudo. Leonardo Troiano“Era impossível ignorar a presença deles”, disse um arqueólogo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional do Brasil ao Live Science.

O sítio arqueológico, conhecido como Serrote do Letreiro, está localizado a cerca de 11 km do centro urbano do município de Sousa, no nordeste do estado da Paraíba. Fica perto do Vale dos Dinossauros, uma área protegida famosa por centenas de pegadas fossilizadas de dinossauros.

Os pesquisadores conhecem pegadas fossilizadas de dinossauros na área desde o início do século 20, mas a arte rupestre só foi mencionada brevemente ao longo dos anos, disse o novo estudo. Embora já houvesse conhecimento de pelo menos uma inscrição antiga de KiririA proximidade entre os petróglifos e as pegadas de dinossauros nunca foi documentada, disse Troiano, principal grupo indígena do sertão nordestino.

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O local contém pegadas de dinossauros de vários animais, incluindo terópodes, saurópodes e ornitópodes. (Crédito da imagem: Leonardo Troiano)

Troiano e seus colegas conduziram o estudo com um grupo de alunos do ensino médio que visitaram o local em 2023. Além de aprenderem sobre paleontologia e arqueologia, os alunos ajudaram a fotografar o trabalho de campo.

A equipe observou que as pegadas pertencem a diferentes tipos de dinossauros, como terópodes carnívoros, saurópodes de pescoço longo e ornitópodes bípedes, incluindo dinossauros iguanodon. As pegadas são semelhantes às pegadas de emu de Rhea (RIAA Americana), a maior ave viva do Brasil, pode ter facilitado aos povos antigos o reconhecimento e a interpretação desses restos fósseis, sugerem os autores do estudo.

A arte rupestre é atribuída a pequenos grupos semi-nômades de caçadores-coletores que viveram no que hoje é o Brasil entre 9.400 e 2.620 anos atrás. (Crédito da imagem: Leonardo Troiano)

Os petróglifos, que são esculturas circulares cheias de linhas e outras linhas geométricas, são atribuídos a humanos que viveram na área entre 9.400 e 2.620 anos atrás. “Eram pequenos grupos semi-nômades de caçadores-coletores que viviam em comunidade e usavam objetos feitos de pedras”, disse Troiano.

Os pesquisadores não encontraram nenhum vestígio orgânico que tornasse possível a datação por radiocarbono, então “comparamos a arte com sítios arqueológicos na área com arte rupestre semelhante ou idêntica”, disse Troiano. Por exemplo, pinturas rupestres em locais como Pedra de Alexandrecerca de 200 km a oeste de Cerote do Letrero, e data de cerca de 9.400 anos atrás, com base em análises de radiocarbono de sepultamentos humanos.

Os pesquisadores descobriram que os humanos antigos faziam as esculturas recém-descritas usando duas técnicas: perfuração e raspagem.

“A perfuração envolve o uso de uma espécie de martelo de pedra para criar depressões na superfície, semelhantes ao pontilhado, enquanto a raspagem consiste em esfregar a pedra na superfície até formar o padrão desejado”, disse Troiano. Em alguns casos, as duas tecnologias foram combinadas para aumentar a visibilidade e a profundidade.

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Opal Turner

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