A moeda chinesa, que até 2018 estava ausente das reservas cambiais da maior economia da América Latina, subiu para 4,99% das participações do Banco Central do Brasil no final do ano passado, ante 1,21% no final de 2020 .
Isso deu a terceira maior parcela das reservas do banco central, ligeiramente atrás do euro, que caiu para 5,04% no ano passado, de 7,85% em 2020. As reservas em dólar caíram para 80, 34% do total, de 86,03% um ano antes.
A mudança destaca a crescente importância econômica da China para o Brasil, onde responde por 28% do comércio internacional, mais que o dobro dos Estados Unidos, seu segundo maior parceiro comercial, segundo dados do Banco Mundial.
O Brasil também aumentou a exposição de suas reservas a outras moedas – notadamente o iene japonês, a libra esterlina, o dólar canadense e o dólar australiano – e ouro, muitas vezes usado como hedge contra outros ativos financeiros.
E o banco central disse em seu relatório anual sobre reservas cambiais: “Em 2021, buscamos diversificar ainda mais a alocação de moeda, sem prejuízo do perfil anticíclico da carteira como um todo”.
As reservas totais aumentaram US$ 6,58 bilhões no ano passado, para US$ 362,2 bilhões. O retorno da carteira caiu 0,62%, o pior desempenho desde 2015, principalmente devido à valorização do dólar norte-americano frente às demais moedas da carteira.
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