Criticada pelo governo australiano, adorado por apoiadores do ex-presidente brasileiro Bolsonaro, a rede social X e as posições de seu dono, Elon Musk, estão na mira da justiça no Brasil e na Austrália.
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Na Austrália, a justiça exige que Elon Musk retire os vídeos transmitidos no X (antigo Twitter) do ataque aum bispo de uma igreja ortodoxa assíria. Se ele se recusar, ele poderá pagar uma multa de US$ 500 mil. O governo está se esforçando e considerando endurecer sua lei sobre redes sociais.
No Brasil, o chefe do He se torna ainda mais o queridinho da extrema direita brasileira. O Supremo Tribunal responde e ordena a abertura de uma investigação contra Elon Musk, em particular, por “incitação ao crime”.
Na Austrália, este conflito com X (antigo Twitter) está ligado aos recentes ataques com faca que devastaram a cidade de Sydney e mais precisamente do segundo ataque. O alvo era um bispo de uma igreja ortodoxa assíria, que está acostumado a transmitir seus sermões ao vivo pela Internet. Seu ataque também foi visto ao vivo por milhares de pessoas. Estas são as imagens que o governo australiano pediu a X para retirar da sua plataforma, o que a rede social recusou fazer, em nome da liberdade de expressão.
O próprio Elon Musk zombou do comissário de segurança online, que emitiu a liminar, como comissário de censura. Entretanto, a justiça decidiu contra X e Elon Musk. Eles têm dois dias para preparar o recurso, após os quais correm o risco de uma multa de US$ 500 mil por dia, desde que o vídeo ofensivo não seja removido da plataforma.
Esta recusa em cumprir provocou reações muito fortes na Austrália. VSEsta denúncia atravessa quase todas as correntes políticas. “Faremos o que for necessário para combater este bilionário arrogante que se considera acima da lei, mas também acima da mais básica decência. Uma rede social também deve ter responsabilidade social. O senhor Musk não demonstra a mínima”reagiu o primeiro-ministro, Anthony Albanese, que foi particularmente amargo.
Este caso pode ir muito além do simples facto de o governo já ter tentado aprovar esta lei em 2023, mas teve de desistir porque não recebeu o apoio da oposição. Este último, face ao comportamento de X e Elon Musk, mudou de ideias e anunciou que apoiaria a maioria se tal texto lhe fosse apresentado.
Isso não é novidade, Elon Musk já foi recebido com todas as honras por Jair Bolsonaro então presidente, e sua atuação à frente do Mas ao tratar Alexandre de Moraes como “ditador” No início de abril, Elon Musk tornou-se essencial para a extrema direita local. É preciso dizer que este juiz do Supremo Tribunal, na vanguarda da luta contra a desinformação, é responsável por inúmeras investigações que visam Jair Bolsonaro, incluindo a que examina a sua participação numa tentativa de golpe de Estado.
Esta ofensiva só pode, portanto, agradar ao ex-presidente. Durante a manifestação que organizou neste domingo, 21 de abril, o retrato de Musk está por toda parte. No centro das falas dos participantes, ele ainda foi aplaudido de pé a pedido de Bolsonaro. “Foi ele o homem que teve a coragem de mostrar, através de algumas provas, o rumo que a nossa democracia está a tomar. Mostra-nos as liberdades que já perdemos. Peço agora uma salva de palmas para Elon Musk !”ele declarou. Inelegível, enredado nos negócios, o ex-presidente tenta mostrar os músculos. No entanto, este episódio permite-lhe reunir os seus activistas, hoje muito mais dispersos do que durante o seu mandato.
Esses ataques de Elon Musk contra Alexandre de Moraes baseiam-se em revelações, entretanto negadas, por um jornalista americano. No fundo, seja qual for a verdade, trata-se sobretudo de impor o seu ritmo à agenda mediática e tentar assim normalizar teses radicais. X tem uma influência muito forte no Brasil, com 40 milhões de brasileiros acessando pelo menos uma vez por mês. Estas provocações relançaram assim um debate sobre a liberdade absoluta de expressão, o que beneficia o campo de Bolsonaro, que é muito adepto da difusão de informações falsas.
O Supremo Tribunal não ficou sem reação e ordenou nomeadamente a abertura de uma investigação contra Elon Musk por “incitação ao crime” E “obstruindo o exercício da justiça”. Nada disso, porém, acalmou as tensões. Isto até deu algum incentivo a uma secção do Congresso, que procura limitar os poderes do Supremo Tribunal.
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