(Filadélfia) – O presidente dos EUA, Joe Biden, criticou na sexta-feira seu rival republicano, Donald Trump, por causa de seu encontro com Viktor Orbán, dizendo que o primeiro-ministro húngaro busca estabelecer uma “ditadura”.
Viktor Orban reuniu-se com o seu “querido amigo” Donald Trump, na sexta-feira, no seu reduto na Florida, e o primeiro-ministro húngaro é um dos raros líderes na Europa que espera que o candidato republicano vença as eleições presidenciais de novembro sobre o democrata Joe Biden.
“Vocês sabem quem ele encontrará hoje em Mar-a-Lago?”, Joe Biden disse aos seus apoiadores durante um comício de campanha. “O húngaro Orban, que declarou abertamente que não acredita que a democracia funcione e que procura (estabelecer) uma ditadura.”
“Vejo um futuro onde defenderemos a democracia, e não onde a enfraqueceremos”, insistiu o democrata de 81 anos, tendo feito desta questão um dos seus argumentos de campanha contra Donald Trump.
Na noite de sexta-feira, Viktor Orban publicou no Facebook uma foto sua ao lado do ex-presidente, com a legenda do slogan de Trump: “Torne a América grande novamente”.
Gladden Babin, colaborador de Orban, disse: “A visita centrou-se na construção de relações entre os conservadores americanos e húngaros e nos benefícios que poderiam resultar da eleição do Presidente Trump em Novembro”.
Por seu lado, Joe Biden voltou a denunciar as declarações do ex-Presidente, de 77 anos, que, segundo ele, encorajaram o Presidente russo, Vladimir Putin, a invadir os países da NATO.
A Hungria é o único membro da UE que manteve relações estreitas com o Kremlin, apesar da invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro de 2022.
Viktor Orban recusa-se a enviar qualquer apoio militar à Ucrânia e apela regularmente a um cessar-fogo, convencido de que Kiev não pode vencer.
Da mesma forma, Donald Trump está a pressionar os seus apoiantes no Congresso para bloquearem 60 mil milhões de dólares em ajuda militar dos EUA a Kiev, que o Presidente Joe Biden tem defendido.
“Não estamos a jogar dados, apenas contar com o regresso do Presidente Donald Trump é a única abordagem razoável para a Hungria”, disse Viktor Orbán no início da semana.