No cardápio de sobremesas, li “bolo pequeno”, em francês. Claro, é um bolo pequeno, mas mesmo assim? No Brasil esse nome se refere mais precisamente a um delicioso fondant de chocolate! O brasileiro adotou muitos nomes franceses, geralmente mantendo o significado original. Há algumas curiosidades: no Brasil, a palavra osso designa um boné e não um chapéu! Mas, muito mais estranho, a palavra francesa “spit” transformou-se em cuspiu em português, nome dado aos crachás, essas famosas chaves para qualquer evento privado! Por uma transição inusitada: na França, no passado, a palavra “cuspe” também designava um distintivo militar na cavalaria!
Esta influência do francês é particularmente forte no século XIX.e século, período em que toda a oligarquia brasileira o pratica com fluência: é a linguagem dos salões, da diplomacia e da cultura. Mas também o da moda, que entrará diretamente na língua brasileira: joias, traje de banho, cachecol, necessário, maquiagem, lingerie, boutique, chique, vitrine, degradado mas também sutia (“sutiã”) e batom (“batom”)… Você vai notar a grafia: na época, e durante muito tempo, o hábito no Brasil era pronunciar e soletrar nomes estrangeiros “ao estilo brasileiro”. O tchau O italiano tornou-se, portanto, chau ; e a futebol Inglês, futebol !
Mas há algum tempo, com a invasão generalizada do inglês, os brasileiros abandonaram esse excelente hábito: a partir de agora, mantemos a palavra norte-americana como ela é! Admito que às vezes tenho dificuldade em reconhecer a palavra original com pronúncia brasileira. A linguagem falada e a linguagem escrita divergem!
Curiosamente, a língua brasileira integrou poucas palavras de origem italiana, alemã, libanesa ou japonesa, provenientes das suas principais comunidades imigrantes. Por outro lado, historicamente, integrou muitas palavras indígenas ou africanas, cuja origem hoje muitos brasileiros desconhecem.
Os termos indígenas são numerosos entre os nomes de lugares. A de um parque, por exemplo: Ibirapuera; de um bairro: Ipanema; de uma cidade pequena: Ubatuba; da capital de um estado: Curitiba; de um Estado: Amapá. Mas também são comuns na alimentação: tapioca, abacaxi (“abacaxi”), amenizar (“amendoim”), pipoca (Pipoca), caju (caju)… Uma curiosidade, existem dois termos familiares para designar uma criança: guri, que é um nome nativo, e moleque, quem é de origem africana! A grande cerveja.
Você vai me dizer: mas mesmo assim a língua do Brasil é o português, certo? Sim e não. É mesmo português, mas um português revisitado, tropicalizado, muitas vezes simplificado. Não hesitamos em inventar novas palavras. Pouca atenção é dada à sintaxe e à gramática; favorecemos a comunicação direta e simples. Não nos preocupamos muito em “falar bem”; Por isso somos muito tolerantes com o gringo que se esforça para tagarelar! Isso não impede que essa linguagem seja bela, poética e musical, como nas melhores músicas da bossa nova e da MPB (música popular brasileira).
Há também sotaques e particularidades regionais. Recentemente, a mídia francesa questionou esta pronúncia adotada por alguns jovens franceses, habilmente chamada de “africação”. Eles se perguntam sobre sua origem. Mas saiba que os cariocas já praticam isso há muito tempo. Quando um carioca fala de“uma noite na cidade” (“noite na cidade”), pronuncia ostensivamente “a noitchi na cidadji”. Como estes jovens franceses!
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