No final, a cápsula teve que ser devolvida da plataforma de lançamento. Quando os engenheiros não conseguiram repará-lo no local, ele acabou sendo enviado de volta à fábrica da Boeing para uma solução de problemas mais completa.
Boeing e NASA diferem, de acordo com o relatório e comentários de funcionários da NASA durante recentes coletivas de imprensa.
Mark Naby, vice-presidente da Boeing e gerente de programa da Starliner, observou em uma entrevista coletiva na semana passada que sua investigação indicou que a umidade havia entrado nas válvulas e causado “corrosão” e “ligação”. Isso levou a empresa a conceber uma solução de curto prazo e a criar um sistema de desinfecção, que inclui um pequeno saco, projetado para impedir a entrada de umidade corrosiva. A NASA e a Boeing dizem que estão confortáveis com esta solução.
“Estamos em boa forma para entrar neste sistema”, disse Steve Stitch, gerente do programa de tripulação comercial da NASA, na semana passada.
Mas isso pode não ser o fim de tudo. A Boeing revelou na semana passada que pode eventualmente ter que redesenhar as válvulas.
“Há mais alguns testes que queremos fazer e, com base nesses resultados, solidificaremos o tipo de mudanças que faremos no futuro”, disse Naby. “Provavelmente saberemos mais nos próximos meses.”
Se a Boeing prosseguir com um redesenho mais abrangente das válvulas, não está claro quanto tempo isso levará ou se poderá atrasar a primeira missão de astronauta da Boeing, que, neste momento, está anos atrasada. Segundo documentos públicos, a cessação do trabalho com a Starliner custou à empresa cerca de meio bilhão de dólares.
Enquanto isso, a SpaceX, antes considerada a concorrente mais fraca do Programa de Tripulação Comercial da NASA, já lançou cinco missões de astronauta da NASA, além de duas missões de turismo. O lançamento inaugural de sua espaçonave, Crew Dragon, tornou-se o primeiro a levar astronautas em órbita a partir do solo dos EUA desde que o programa de ônibus espaciais foi aposentado em 2011.