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Brasil – Apropriação indébita de patrimônio público: investigação da Polícia Federal sobre o casal Bolsonaro – LINFO.re

O ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro, sua esposa Michelle e colaboradores estão sendo investigados pela Polícia Federal por supostos desvios de bens públicos. As suspeitas dizem respeito à revenda de presentes presidenciais para enriquecimento ilícito.

“Enriquecimento inaceitável”

Em 11 de agosto, a Polícia Federal solicitou autorização para levantar o sigilo bancário e fiscal de Jair Bolsonaroseguido no dia seguinte pela mesma abordagem a respeito de sua esposa, conforme relatado por CNN Brasil. Paralelamente, foram expedidos mandados de busca e apreensão na residência do general Mauro César Cid, pai do tenente-coronel Mauro Cid. Ele já havia colaborado com Jair Bolsonaro e está atualmente detido desde maio à margem de outro caso. As acusações contra eles alegam que eles desviaram mercadorias destinadas a Jair Bolsonaro durante seu mandato presidencial, para depois revendê-los.

De acordo com as primeiras conclusões da investigação sob a tutela do presidente do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, as provas recolhidas indicam a existência, durante o mandato do Jair Bolsonarode uma rede envolvida na apropriação indébita de bens doados de valor considerável. “Além de permitir enriquecimento inadmissível do Presidente da República (…), é possível que o chefe de Estado brasileiro tenha sido cooptado por nações estrangeiras por meio desses bens“, dizem os investigadores, relatam a mídia francesa como CNews.

> Para ler também: Investigação dos motins de Brasília: Jair Bolsonaro ouvido pela polícia

Dinheiro

A investigação aponta que Mauro Cid teria transportado bens presidenciais de grande valor a bordo do avião oficial do Jair Bolsonaro durante sua viagem a Orlando em dezembro passado, tendo em vista a venda e a recuperação do caixa. Uma gravação de áudio revela que quase “25.000 dólares (cerca de 22.800 euros em dinheiro) estavam sendo cogitados para o ex-presidente após a venda.

Desencadeada após o escândalo das joias sauditas em março, quando houve tentativa de contrabando de itens de alto valor, a investigação revela a apropriação indébita de vários presentes presidenciais para enriquecimento pessoal de Bolsonaro, violando a lei brasileira. De fato, apenas presentes altamente simbólicos ou presentes de “valor monetário mínimo” estão autorizados a serem retidos pelo Presidente no final do seu mandato.

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