(AOF) – Após um aumento de 12 toneladas em maio, o Banco Central do Brasil continua suas compras de metal amarelo, observa Laurent Schwartz, diretor da Comptoir National de l’Or. Em junho, aumentou suas reservas em 1,3 milhão de onças, ou 41 toneladas, para cerca de US $ 2 bilhões. Com isso, o país sobe para 121 toneladas e chega a 31º lugar no ranking.
O Brasil não é um caso isolado. Um em cada cinco bancos centrais pretende aumentar suas reservas de ouro de acordo com o Conselho Mundial do Ouro.
Como a Sérvia, que anunciou recentemente sua intenção de aumentar suas reservas para 50 toneladas. Para justificar essa estratégia, o banco central do país é muito claro: “No longo prazo, o ouro é o mais importante guardião e fiador contra a inflação e outras formas de risco financeiro.
Desde o início do ano, os 5 maiores compradores (Tailândia, Japão, Hungria, Brasil, Uzbequistão) aumentaram suas reservas em 314 toneladas de metal amarelo. Isso já é tanto quanto as compras de bancos centrais ao redor do mundo em 2020, em apenas 6 meses.
Uma demanda institucional pelo metal amarelo que deve continuar segundo especialistas. A retomada do comércio mundial e a alta dos preços do petróleo estão empurrando moedas para os cofres dos países exportadores, sempre ansiosos para não se exporem demais ao dólar. E uma vez que o ouro não tem país, continua a ser uma forma eficaz de desdolarizar sem exposição a outras moedas, sublinha Laurent Schwartz.
Quase não existem outros candidatos. Parece que o bitcoin não está prestes a destronar o metal amarelo: 85% dos gerentes desses bancos centrais acreditam que as criptomoedas não substituirão o ouro em suas reservas cambiais. Portanto, não terminamos de falar sobre o ouro do banco central, conclui o especialista.