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Brasil, Bahia, Baía de Todos os Santos – Documentário 2018

Baía de Todos os Santos. Um dos muitos tesouros que a natureza concedeu ao Brasil. Forma a foz do Rio Paraguaçu, afundando-se em águas verdes e azul-turquesa, manguezais e areia branca. Mas este paraíso era um inferno.

Desde o século XVII, a baía ressoa com as queixas de jovens escravos negros de que navios vindos de África os transportavam para canaviais gigantescos, e com o boato de um massacre de índios perpetrado por colonos portugueses.

Menilho Sete, pintor considerado o “Picasso brasileiro”, é descendente de africanos e cujos ancestrais eram escravos. Suas obras são repletas de história e da marca indelével que deixam no estado da Bahia, inclusive na capital, Salvador, a maior cidade africana fora da África. Ele sai da oficina para ir aos mesmos lugares onde tudo poderia ter acontecido, para contar a bela história de amor entre Nawana, a jovem indiana, e Kuli Hotu, o jovem africano, que, num dia distante, há um século, foi reunidos pelo destino. Antes, às margens do Rio Paraguaçu. Ele havia fugido das plantações e ela era a última sobrevivente de sua tribo devastada. O amor que nascerá entre essas duas vítimas simboliza o nascimento do grande hibridismo que acompanhou a construção do Brasil. Ao ir e voltar entre o passado e o presente, o mais antigo centro do colonialismo do Brasil revela os segredos de sua história e a forma como vivem hoje os descendentes desses dois povos oprimidos, em quilombos criados por escravos fugitivos e nas aldeias dos últimos índios.

Numa aldeia perdida numa paisagem imponente de rios e praias ladeadas por vales graníticos e florestas, Menilo Sette conhece Donna Cado, uma indiana de 98 anos que pratica a antiga arte da cerâmica tradicional. A história de Nawana e Kolé Hoto remonta ao encontro com Donna Cado, uma indiana de 98 anos que pratica a antiga arte da cerâmica tradicional. Uma paixão espiritual surgiu entre os dois artistas e da sua união nasceu desta vez um corpo de rara beleza, quando Menelo Sette pintou a improvável história do encontro destes povos nas peças de Donna Caddo.

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