O presidente brasileiro Jair Bolsonaro anunciou, quinta-feira, que visitará a Rússia “no final de fevereiro”, em meio a tensões muito altas entre Moscou e o Ocidente sobre a Ucrânia, que este considera ameaçada por uma invasão russa.
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“Estarei lá no próximo mês para estreitar relações e melhorar as relações comerciais”, disse o chefe de Estado a seus apoiadores, que se reuniram em frente ao Palácio da Alvorada, em Brasília.
Em resposta a uma pergunta da AFP, a presidência, no entanto, indicou que “não há detalhes no momento” desta visita, que fará parte de uma viagem que levará Bolsonaro à Hungria, segundo a imprensa brasileira.
Na segunda-feira, o vice-presidente Hamilton Muraw reconheceu o cancelamento da viagem devido à grave crise diplomática entre os russos e o Ocidente sobre a Ucrânia.
Esse conflito “faz parte da discussão entre os europeus, o Brasil pertence a outro continente, e aqui estamos nós, o continente da paz”, disse o general da reserva.
Jair Bolsonaro deixou claro em 19 de janeiro que sua visita “não tinha a intenção de levantar problemas de hostilidade”.
Estamos cientes dos problemas que alguns países têm com a Rússia. Mas a Rússia é nosso parceiro. “É uma jornada que traz benefícios para nós e para eles também”, disse ele, “o convite vem do lado deles”.
O líder de extrema-direita, cujo país se tornou mais isolado no cenário internacional desde que o presidente Donald Trump deixou a presidência dos EUA há um ano, chamou seu colega russo Vladimir Putin de “conservador”.
Segundo Washington, “tudo indica” que Vladimir Putin vai “usar força militar” contra a Ucrânia em meados de fevereiro.