Postado em 10 de fevereiro de 2019 2021 às 6:06
“Adote um parque. “ Essa é a fórmula proposta pelo governo brasileiro para mostrar seu desejo de proteger a floresta, quando é justamente acusado de promover o desmatamento. O princípio é simples: oferecer às empresas o pagamento da manutenção de unidades de conservação oficialmente protegidas na Amazônia. A operação visa proteger 15% da Amazônia com financiamento privado, no valor de 650 milhões de euros por ano.
O Carrefour respondeu. O grupo francês, incluindo Jair Bolsonaro saudou o “Voluntarismo”, é o primeiro a aderir a este programa, lançado oficialmente na terça-feira. A grande distribuidora se compromete a desembolsar cerca de 600 mil euros por ano para financiar a proteção de 75 mil hectares no estado de Rondônia (área equivalente à da cidade de Nova York). As empresas que concordarem em participar deste programa receberão o selo de “Parceiros Amazon” e espero beneficiar em termos de imagem.
O governo Bolsonaro, por sua vez, está tentando suavizar sua imagem, quando o novo governo dos Estados Unidos o colocou contra a parede. Joe Biden de fato colocou o meio ambiente no centro de sua política e não hesitou, durante a campanha eleitoral, em mencionar possíveis sanções contra o Brasil se o desmatamento não fosse controlado.
Esse tema também está na origem da briga entre Emmanuel Macron e Jair Bolsonaro, e é um dos principais obstáculos à ratificação do acordo entre a União Europeia e o Mercosul. Mas, de acordo com o presidente brasileiro, “Não há motivo para França e Brasil manterem distância”.
“O programa ‘Adote um Parque’ é um nome bonito, mas não terá muito impacto no meio ambiente”, prevê o escritor Sergio Abranches. Este especialista ambiental se opõe ao princípio de transformar áreas oficialmente protegidas pelo Estado em parques administrados pela iniciativa privada
Para ONGs que condenam a inação, ou mesmo a cumplicidade do governo no desmatamento, o projeto é uma farsa. “Porque é o próprio governo que pressiona pela ocupação ilegal de terras públicas e que facilita o trabalho das máfias do desmatamento em áreas oficialmente protegidas. », Garante Marcio Astrini, secretário executivo do Observatório do Clima, coletivo de ONGs.
As iniciativas do polêmico ministro do comando Ricardo Salles, que havia proposto no ano passado em Conselho de Ministros a “Aprovar a legislação ambiental enquanto a imprensa está de olho na pandemia”, ainda são levados com um grão de sal pela opinião pública. E o programa de “adoção” de parques na Amazônia não foge à regra.
“Se fosse um acréscimo a um programa de governo que respeita o meio ambiente, pode ser uma boa ideia, em uma pitada. Mas esse tipo de iniciativa vinda de um governo que segue uma lógica de destruição do meio ambiente terá dificuldade em proteger a floresta ”., acrescenta Marcio Astrini. Natalie Unterstell, diretora do Instituto Talanoa, think tank especializado em políticas públicas, não hesita, por sua vez, em condenar uma mistura de «Greenwashing et de government washing».
No Carrefour, ficamos de costas voltadas. “A lógica é defender a floresta. Este é um primeiro passo ”, explica Stéphane Engelhard, vice-presidente da subsidiária brasileira.
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