O presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou na segunda-feira um novo plano para combater o desmatamento ilegal na região amazônica, uma das prioridades de seu governo desde que voltou ao poder.
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Lula declarou durante recepção no Palácio do Planalto, em Brasília, que “o Brasil, graças em especial à floresta amazônica, tem grande importância no equilíbrio climático do planeta (…) Prevenir o desmatamento na Amazônia também ajuda a limitar o aquecimento global”.
O plano, que inclui várias centenas de alvos, prevê, por exemplo, a apreensão imediata de metade das áreas exploradas ilegalmente dentro das áreas protegidas. Até 2027, três milhões de hectares dessas áreas protegidas serão demarcados.
Além disso, anunciou a contratação de milhares de analistas para aprimorar o monitoramento, bem como a criação da “marca Amazônia” para promover uma economia sustentável.
Este projeto marca o retorno do tema ambiental como “prioridade, depois de quatro na indiferença e abandono”, saudou Lula, por ocasião do Dia Mundial do Meio Ambiente.
O presidente de esquerda, acompanhado em particular pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, referiu-se então ao mandato do ex-líder de extrema-direita Jair Bolsonaro (2019-2022), durante o qual o desmatamento médio aumentou 75% em relação à década anterior.
O programa retoma o programa criado em 2004 durante o primeiro mandato de Lula (2003-2006), mas suspenso por Bolsonaro.
Voltando ao poder desde janeiro, Lula fez da proteção ambiental uma de suas prioridades e quer ver o Brasil se tornar um modelo global ao reduzir as emissões de gases de efeito estufa e acabar com o desmatamento ilegal até 2030.
Mas a apresentação do plano ocorre uma semana depois de o Congresso conservador ter dado vários golpes no presidente e em sua agenda nesse sentido.
O Ministério do Ambiente viu retiradas pelos deputados as suas competências no cadastro de terras rurais – alavanca essencial para a fiscalização e combate à desertificação ilegal das florestas – e na gestão dos recursos hídricos.
Para o executivo, esses contratempos são um mal menor que podem evitar uma reestruturação completa da equipe composta por Lula.
Marina Silva disse à imprensa que o Governo vai manter as mesmas prioridades apesar deste passo, frisando que tudo vai ser feito internamente, “para que a implementação (do plano) não fique comprometida”.
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