A desflorestação na Amazónia brasileira caiu 66% em agosto face ao mesmo mês do ano passado, anunciou terça-feira o governo, estimando que este resultado, que confirma o do mês anterior, é um sinal da eficácia das suas políticas ambientais.
Em julho, o Instituto de Pesquisas Espaciais já havia detectado uma queda de 66% no desmatamento. Estes resultados são ainda mais convincentes porque foram registados durante o período de tempo seco do ano, quando a desflorestação é geralmente mais elevada.
Dados de satélite do sistema Deter do INPE mostram 473,5 km2 desmatados de 1º a 25 de agosto, em comparação com 1.661 km2 durante todo o mês do ano anterior, sob a presidência de Jair Bolsonaro. Sob o mandato do ex-presidente de extrema direita, o desmatamento da Amazônia aumentou 75% em comparação com a média da última década.
Seu sucessor de esquerda, Luiz Inácio Lula da Silva, que já governou o país de 2003 a 2010, iniciou seu terceiro mandato em janeiro com a promessa de priorizar a preservação da Amazônia e de fazer todo o possível para erradicar o desmatamento ilegal através de 2030.
“Estes resultados mostram a determinação da gestão Lula em quebrar o ciclo de abandono e retrocesso observado no governo anterior”, sublinhou, após o anúncio destes resultados, a ministra do Ambiente, Marina Silva.
“Se não protegermos a floresta e os seus habitantes, condenaremos o mundo a um aumento brutal das emissões de CO2 e, portanto, a uma aceleração das alterações climáticas”, acrescentou durante uma cerimónia que assinala o Dia da Amazónia.
AFP
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