O Ministro das Finanças brasileiro apela aos países do G20 para “encontrarem soluções eficazes para que os mais ricos paguem a sua justa parte dos impostos”. Expressando assim a esperança de que uma posição comum do grupo das 20 economias mais poderosas do mundo seja adotada até julho de 2024.
“Apesar dos progressos recentes, é inegável que os multimilionários continuam a fugir aos nossos sistemas fiscais, utilizando uma série de estratégias.” Assim declarou Fernando Haddad, quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024, no início do segundo e último dia do Cimeira do G20 em São Paulo.
“Sinceramente me pergunto como permitimos que esta situação continuasse. Se agirmos em conjunto, podemos garantir que estes indivíduos contribuem para as nossas sociedades e para o desenvolvimento sustentável do planeta”, sublinhou.
Desde dezembro, o Brasil ocupa a presidência rotativa do G20, grupo de países que representa 80% do PIB global.
A tributação mínima das pessoas mais ricas a nível internacional é uma das prioridades de Brasília. Assim, o Sr. Haddad espera um acordo sobre uma declaração conjunta até a próxima reunião ministerial do G20, em julho próximo.
“A tributação justa e escalável” é “a chave para resolver muitos dos desafios que enfrentamos”, sublinhou ainda.
No âmbito de uma reunião especificamente dedicada a este tema, realizada na manhã desta quinta-feira, o Brasil convidou o economista francês e especialista em desigualdades e paraísos fiscais, Gabriel Zucmanapresentar as suas propostas de tributação mínima das fortunas dos multimilionários.
À margem da cimeira do G20, o ministro da Economia francês, Bruno Le Maire, declarou que Paris queria “acelerar” as negociações a nível internacional sobre este assunto.