Brasil se prepara para ingressar no cartel de petróleo OPEP+

Em 2024, o Brasil deverá ingressar no grupo de países exportadores de petróleo, conhecido como OPEP+, que reúne os treze membros da OPEP, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo, e seus dez aliados.

No entanto, a Petrobras não participará do limite de produção organizado pelos membros do cartel, anunciou quinta-feira o chefe da petrolífera estatal. “Jamais faremos parte de uma organização que impõe cotas (de produção) no Brasil. A Petrobras é uma empresa listada e não podemos ter cotas”, disse Jean-Paul Prates, gerente geral franco-brasileiro da Petrobras, durante este anúncio inesperado.

Maior produtor de petróleo da América do Sul

O Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse a seus pares da OPEP+ que o Brasil espera aderir formalmente em uma próxima reunião em Viena, após uma revisão técnica da carta de cooperação. “Tudo está pronto”, além da fase de análise detalhada pela equipe técnica do documento transmitido pela OPEP+, disse Alexandre Silveira durante reunião virtual, onde seus comentários foram aplaudidos de pé pelos ministros da OPEP+. “O Brasil passaria a participar das reuniões como membro observador”, disse Jean-Paul Prates, que espera que o Brasil aceite oficialmente o convite do cartel até junho.

O Brasil é o maior produtor de petróleo da América do Sul, produzindo 4,6 milhões de barris por dia de petróleo e gás, incluindo 3,7 milhões de barris de petróleo bruto. Será o terceiro país latino-americano, junto com a Venezuela (OPEP) e o México (OPEP+), a aderir ao cartel. Esta quinta-feira, acertou reduções de produção em cerca de 2 milhões de barris por dia para o início do próximo ano.