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Brasil. Três lições de uma derrota institucional e política

Editorial d ‘Saiu offline

Arthur Lyra eleito [Progressiste, Etat d’Alagoas, entrepreneur agricole] Rodrigo Pacheco [Démocrates, élu du Minais Gerais] A Presidência da Câmara dos Representantes e do Senado, respectivamente [candidats soutenus par Jair Bolsonaro] – Significa uma vitória política indiscutível do governo Bolsonaro. Ele terá uma armadura melhor [contre une destitution] E maior capacidade de avançar sua agenda no Congresso [les deux chambres du législatif], Pelo menos no início.

O juramento tradicional (DEM, PSDB e MDB) liderado por Rodrigo Maya [Démocrates, président de la Chambre des représentants depuis 2016], Sofreu uma derrota amarga, e sofreu a derrota de grande parte de seus deputados à Polsonaria. Este brutal revés revela e aumenta as dificuldades que a direita liberal enfrenta para se apresentar como alternativa ao polonarismo, agora aliado do Centraw. [Le Centre réuni diverses formations avant tout intéressées à tirer des bénéfices de leurs liaisons avec le gouvernement et l’appareil d’Etat. Réd.]

Por sua vez, grande parte dos partidos de esquerda (PT e PCdoB) e de centro-esquerda (PDT – Partido da Ação Democrática, PSB – Partido Socialista Brasileiro e REDE- rede Sustentabilidade de Marina Silva) também teve uma aparente derrota política ao afundar a candidatura de Balea Rossi [du MDB]. O PSOL, que desentendeu com o bloco derrotado do Partido Trabalhista e o bloco derrotado com a direita liberal na Câmara dos Deputados, lançou a candidatura candidata da orgulhosa Luisa Irondina, que desempenhou um importante papel político.

As cenas ultrajantes e fascinantes vistas durante as eleições para o Congresso – compra diurna de votos, traições de gangues e partidos desmascarados em meio à pandemia – revelam um Congresso Nacional dominado pela obscenidade de uma direita decadente.

Diante da vitória dos governos Bolsonaro CentrawLições devem ser aprendidas para que a luta política continue dentro e fora do Congresso. Apresentamos aqui três conclusões sobre esse processo que acreditamos ser benéficas para a esquerda brasileira.

(1) A direita liberal não pode ser invocada na luta contra o neofascismo

O principal inimigo dos trabalhadores brasileiros se chama Jair Bolsonaro. O governo desta extrema direita é genocídio [terme relatif aux choix face à la pandémie et «aux traitements» des peuples indigènes] Deve ser interrompido o mais rápido possível para salvar vidas, as liberdades democráticas e os direitos sociais e trabalhistas. Portanto, nada é mais importante do que a derrota do Bolsonaro. A questão é: com quem podemos contar nesta luta?

Por um lado, se uma parte da classe dominante, particularmente seu núcleo central, está insatisfeita e, em certa medida, em oposição política ao Polsonariano, por outro lado, toda a burguesia concorda com a política econômica do governo e acredita que a eleição de Arthur Lyra proporciona melhores condições para impulsionar reformas anti-povo Paulo Guedes [ministre de l’Economie].

Assim, a burguesia brasileira não quer, pelo menos por enquanto, demitir Jair Bolsonaro; Mesmo que pretenda – pelo menos o seu setor principal – apoiar uma alternativa eleitoral em 2022, como a de João Dória. [gouverneur de l’Etat de São Paulo, PSDB] Ou Luciano Hack [acteur, animateur TV]. Além disso, grande parte das representações políticas das classes dominantes – os partidos, a direção tradicional de direita e um partido Centraw – Você opera de acordo com a lógica “Eu sou você, você me dá”. Em troca de cargos, dinheiro e ministérios, ele deixa de lado as considerações protocolares de respeito à democracia e passa descaradamente o apoio ao governo de extrema direita que apaga as liberdades democráticas.

Tanto é que a retração da candidatura de Palia Rossi ocorreu por deserções de deputados eleitos pelo DEM, PSDB, MDB e outros partidos de direita. Junte-se a Arthur Lyra em troca de copiosas “doações” do governo federal. Humilhado pela perda da maioria de seu partido, o Partido Democrata, Rodrigo Maya não teve coragem de iniciar o processo de impeachment de Bolsonaro. Na verdade, ele sabia que a classe dominante, mesmo os setores mais insatisfeitos com o Bolsonaro, não o apoiariam nessa empreitada.

No final da discussão, surgiu um estranho quadro em que a maioria da direita liberal abandonou a candidatura liderada pela direita liberal. Os partidos de esquerda e centro-esquerda, que às vezes reuniam mais parlamentares do que seus aliados, aceitaram a liderança da burguesia liberal.

Em 2016, a direita liberal aliou-se à extrema direita, nas ruas e no Congresso, para lançar um golpe parlamentar para destituir Dilma Rousseff. [présidente, membre du PT]. Em 2018, eles apoiaram com entusiasmo o Bolsonaro no segundo turno contra Fernando Haddad [PT] – Quem não lembra Bolso de bolso [le duo Bolsonaro-Doria]? Agora, em 2021, esses membros traíram a aliança com o Partido Trabalhista e o PCdoB para receber fundos, cargos e ministérios no governo Bolsonaro.

A lição é esta: a direita liberal não pode ser invocada na luta contra o Bolsonaro. É possível e desejável, sim, formar unidades ad hoc, quando esses setores estiverem dispostos a tomar medidas concretas contra o governo de extrema direita. Mas, neste caso, o bloco Rodrigo Maya nem mesmo se comprometeu a prevenir a política de genocídio. Rodrigo Maya encerrou seu mandato como presidente da Câmara dos Representantes retirando mais de 60 acusações contra Bolsonaro. Assim, o apoio do Partido Trabalhista e do PCdoB à candidatura de Palia Rossi revelou-se um grave erro político que teve, aliás, resultado de um processo desastroso.

(2) A tática parlamentar deve ser subordinada à luta fora do Congresso

O Parlamento, dominado por representantes burgueses de todos os tipos – reacionários, conservadores, máfias, fascistas, liberais, corruptos, racistas, misóginos, bilionários, milicianos, militares, residentes rurais, lobistas, entre outros – é um terreno desfavorável. Extremamente para as ações de partidos e dirigentes comprometidos com a causa dos trabalhadores, dos pobres e dos oprimidos.

Neste covil de bandidos, a principal função do parlamentar socialista é usar a plataforma institucional para fazer eco da luta dos trabalhadores e oprimidos, promovendo a mobilização social. Toda a história sabe que as principais conquistas dentro do parlamento burguês vêm das grandes lutas sociais que acontecem fora dele. Por exemplo, os diversos desdobramentos previstos na constituição de 1988, como a criação do Serviço Integral de Saúde (SUS), não foram fruto da boa vontade dos representantes constituintes, mas sim fruto da luta de massas da classe trabalhadora que abalou o país. Na década de 1980, isso impôs um equilíbrio de poder na sociedade que obrigou a maioria dos parlamentares a aceitar o progresso social estipulado na constituição.

A mesma coisa acontece para derrubar governos. É preciso uma grande perda de credibilidade do governo perante a população, e movimentos gigantescos nas ruas para pressionar o Congresso para que forme maioria para derrubar um presidente.

Nesse sentido, a tática correta para a eleição do Presidente do Parlamento foi lançar uma candidatura unida da esquerda (Trabalhista, PSOL e PCdoB), convidando a centro-esquerda (PDT, PSB e Rede) a aderir a esta candidatura. Este último teria servido, sobretudo, para fortalecer a luta social fora do Congresso e para falar às pessoas por meio de um site institucional.

Diante disso, verificou-se que a maioria do PSOL decidiu lançar a candidatura Luiza Erundina quando a maioria do PT e do PCdoB optou por reagrupar o bloco Rodrigo Maia. O candidato do partido apresentou um programa para defender os interesses da maioria trabalhadora e oprimida do país, defender as perspectivas do “Out Bolsonaro”, vacinação para todos, ajuda emergencial até o fim da epidemia e se opor a todas as reformas e medidas. Que suprimem direitos sociais e trabalhistas. Assim, Luisa Irondina foi a única votação à esquerda na eleição da Câmara dos Representantes. Ela não tinha muita voz, é verdade, mas falava com pessoas de fora do Congresso que os controlavam Centro.

(3) O centro da tática deve ser a construção da frente única de esquerda, movimentos sociais, sindicatos e setores oprimidos para a luta de massas.

O equilíbrio de poder no Congresso – mais favorável ao Bolsonaro, que anexou o Centrão ao governo; Mas, por outro lado, quem se torna refém deste bloco político malicioso – não reflete o equilíbrio de poder na sociedade. De acordo com as pesquisas de opinião, o cansaço do governo aumentou dramaticamente em todas as classes sociais, mas com aumento da gravidade nos setores mais pobres da população. Uma combinação da explosão da segunda onda da pandemia, o desastre de Manaus [manque d’oxygène]Atrasos na vacinação, fim da ajuda de emergência, desemprego e alta nos preços dos alimentos significam que a recusa de Bolsonaro está aumentando rapidamente. Como parte da atividade popular, grandes shows e feiras de automóveis foram realizados em todo o país nas últimas semanas, indicando o desejo de mobilizar um setor da sociedade.

Nesse contexto de crescente descontentamento popular, a esquerda deve atuar de forma unificada, a fim de aumentar a oposição ao governo e a mobilização social. Só é possível fazer com que a classe trabalhadora e os oprimidos ajam se a esquerda agitar as “bandeiras” que as pessoas sentem, como a defesa de ajudas emergenciais, emprego, serviços públicos e seus empregados, direitos sociais e trabalhistas, contra privatizações e contra -reforma administrativa. É claro que a direita liberal não apóia essas reivindicações, pois é favorável ao programa neoliberal de Paulo Guias. Assim, somente forças políticas comprometidas com os trabalhadores podem estabelecer um programa de medidas concretas capazes de mobilizar os setores de massa.

A construção dessa frente única deu um grande passo durante a Sessão Plenária Nacional para a Organização das Lutas Populares, realizada em 26 de janeiro. Nesse evento, foi definido um calendário de lutas e ações sobre temas centrais das classes populares. Em 21 de fevereiro, por exemplo, outro dia “Dehors Bolsonaro” está planejado.

No Congresso, os partidos de esquerda devem atuar como um bloco para reforçar a luta social e impedir a progressão das agendas polonesa e de direita no Parlamento. Desse modo, ao articular ações coerentes e de luta dentro e fora do sistema, a esquerda se fortalece entre as classes trabalhadoras e populares. (Editorial por Saiu offline3 de fevereiro de 2021 Site atual da Resistencia do PSOL; Tradução do Brasil por conselho editorial contra)

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Opal Turner

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