Trabalhadores envolvidos em um canteiro de obras no nordeste do Brasil (estado do Maranhão) descobriram recentemente vestígios arqueológicos humanos e artefatos que datam de 9.000 anos. Despertando considerável interesse, essas descobertas questionam a história da colonização humana no Brasil.
Liderada pelo arqueólogo Wellington Lage, sua equipe de 27 membros desenterrou mais de 100 mil objetos antigos e 43 esqueletos humanos durante quatro anos de exploração. O arqueólogo de 70 anos enfatiza que a exploração deles apenas arranhou a superfície.
A uma profundidade de cerca de dois metros, foi identificada uma camada adicional datada de 8.000 a 9.000 anos, fornecendo evidências de um grupo que fabricava cerâmica rudimentar.
As primeiras descobertas já despertam o interesse da comunidade científica. Segundo Wellington Lage, sua equipe identificou quatro períodos distintos no local. Desde a presença dos Tupinambás, na época da fundação de São Luís pelos colonizadores europeus em 1612, até camadas de objetos antigos característicos dos povos da floresta amazônica. Depois, um “sambaqui” reunindo cerâmicas, cacos e ossos usados pelas comunidades indígenas.
Um impacto em todo o país
A descoberta desafia o conhecimento estabelecido, superando o mais antigo “pré-sambaqui” da região, com cerca de 6.600 anos. Para Wellington Lage, isso poderá ter um impacto significativo na história, não só da região, mas de todo o Brasil.
Esta descoberta é aclamada como um marco importante na pré-história brasileira, provavelmente redefinirá a compreensão científica da colonização humana nas Américas.
O Instituto Brasileiro de História e Patrimônio Artístico (Iphan) considera este sítio um testemunho crucial da história da colonização humana na região, fornecendo informações valiosas sobre culturas antigas há muito submersas.
Os pesquisadores, ansiosos por compartilhar essas descobertas com o público, planejam publicar seus resultados após análises detalhadas dos objetos.
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