O ministro da Comunicação do Brasil, Fabio Faria, anunciou quinta-feira o lançamento, em outubro, de um edital de licitação para empresas internacionais para implantação de 5G no imenso país.
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O governo estima que a licitação atrairá cerca de 37 bilhões de reais (cerca de 5,8 bilhões de euros) em investimentos. Prevista inicialmente para o primeiro semestre de 2021, ainda não foi aprovada pelo Tribunal de Contas que finalizará os termos na próxima semana. Após ajuste de contornos pela Agência Nacional de Telecomunicações, Fabio Faria prevê o lançamento do edital “A primeira ou segunda quinzena de outubro, o mais tardar”.
De acordo com os planos do governo, a tecnologia 5G poderá ser implantada nas cidades mais populosas até o final do ano e o restante das 27 capitais estariam atendidas até julho de 2022. A nova rede móvel permitirá, segundo o governo, trazer conectividade aos 40 milhões de brasileiros que ainda não têm acesso à internet. Paralelamente, será lançado outro concurso para a constituição de uma rede 5G privada de uso exclusivo do Estado para prevenir os riscos de espionagem.
Huawei seria excluída da licitação
A gigante chinesa Huawei, alvo de sanções dos EUA, seria excluída desta licitação específica. “Dentro desta rede privada, estamos estabelecendo requisitos, algumas empresas poderão participar e outras não”, Explicou Fabio Faria em entrevista coletiva virtual. “Por exemplo, há um parceiro da Huawei que é membro do Partido Comunista Chinês. Seria um obstáculo ”, acrescentou o ministro brasileiro.
A Huawei tem sido alvo de sanções dos EUA desde 2019 porque o governo de Donald Trump suspeitou que o grupo fosse um cavalo de Tróia para espionagem chinesa. Sob pressão de Washington, governos como o Reino Unido e a Austrália decidiram excluir a Huawei dos mercados de suas redes 5G. Fabio Faria indicou que o Brasil queria buscar “Alternativas para poder superar qualquer questão geopolítica e focar no ponto principal que era receber a tecnologia 5G”.
