Maria Larissa Paiva, uma estudante cearense de 16 anos, acaba de concluir uma análise astronômica onde distinguiu 1.450 galáxias para o projeto “Galaxy Cruise” do Observatório Astronômico Nacional do Japão. Antes, a jovem havia descoberto um asteroide, feito reconhecido pela NASA.
Galáxias são coleções de estrelas, poeira cósmica e matéria escura, e separar tudo isso não era uma tarefa tão comum. A jovem contou que desde janeiro tem se dedicado muito ao processo, que envolve analisar características como tamanho, brilho, forma e comprimento de onda das galáxias.
Em seguida, os dados são salvos no software do projeto. “Depende muito de quanto tempo cada pessoa dedica ao trabalho de classificação e da seriedade com que a pesquisa é levada. Até agora eu estive 100% sozinho nas pesquisas. Não foi fácil”, conta o aluno que divide seu tempo entre o projeto e as atividades do Secundário III. Essa classificação de galáxias pode ajudar pesquisadores, por exemplo, a prever certos fenômenos como a colisão desses sistemas. No projeto do Observatório Astronômico Japonês, as galáxias classificadas pelos colaboradores (que podem ser profissionais e voluntários) passam pela aprovação do programa Galaxy Cruise, que é sempre atualizado. Na plataforma, há uma espécie de ranking de análise. É aqui que a jovem verifica o número de galáxias que conseguiu analisar. Começando pelas estrelas “Três Marias” A relação de Maria Larissa com a astronomia começou na infância, com o desejo de conhecer os nomes das estrelas que iluminavam o céu de sua cidade natal, Pires Ferreira, no interior do Ceará.
“Uma noite, minha avó paterna, Mundinha, estava sentada na varanda e eu brincava no quintal. Entrei em contato com ela e perguntei se as estrelas tinham nomes. — Não conheço todas, minha filha, mas essas três se chamam Maria. São as Três Marias (chamadas Cinturão de Órion. Minha curiosidade só aumentou dez vezes”, lembra a jovem. A avó da aluna não tinha o conhecimento específico da área para responder a todas as perguntas. “Nenhuma resposta. Ninguém sabia nada sobre estrelas e planetas, nem considerou minhas perguntas inúteis. Fiquei frustrada, mas nunca perdi o hábito.” de contemplar a lua, as estrelas e a natureza”, lembra. continuou sua pesquisa, em uma videoteca/lan house, procurou títulos que tratassem de astronomia.