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Brasileiros se sentem confortáveis ​​com seus corpos

O Rio é a cidade do sublime e do sensual “garota de Ipanema, corpo dourado”, nas palavras de Vinícius de Moraes. É também a cidade do seu equivalente masculino, “o menino do Rio”, surfista metrossexual, cantada por Caetano Veloso. Você pode conhecê-los nas praias da zona sul, exibindo seu grande espetáculo de sedução e narcisismo.

No Brasil nos aceitamos como somos

Mas quando não somos feitos como eles, o que fazemos? Temos vergonha? Estamos nos escondendo? Não, presumimos e realmente não nos importamos: totalmente desinibidos, perfeitamente à vontade, uma vaade. Este é realmente o caso da grande maioria dos brasileiros: mais da metade está acima do peso e quase 20% são até considerados obesos. Números em constante crescimento. Em todas as regiões e em todas as camadas sociais.

Para verificar isso, basta passear pelos calçadões à beira-mar e observar. Vemos tudo! Pequenos e pequenos, altos e altos, magros, grandes e gordos, feios e feios, bonitos e lindos, de todas as cores da criação… e cada um vestido, ou melhor, despido , o jeito dele. Quando se trata de roupas, todos os gostos estão na calçada, em formatos, cores e combinações. É até o mundo do paradoxo: quanto mais os homens têm “barriga grande”, maior é a probabilidade de andarem sem camisa! Mulheres um pouco volumosas escolherão preferencialmente mini shorts e mini sutiã (“sutiã”). A carne transborda por toda parte: o que isso importa? Além disso, as mulheres nunca têm medo de exibir as suas formas com collants muito, muito justos e decotes muito, muito provocantes. Por jogo? Por eu não me importo? Por imitação? Por hábito? Por prazer ? Podemos assumir qualquer coisa. Não importa: todos esses pequeninos andam por aí completamente à vontade, bem de roupa, bem de corpo! Esse relaxamento total também é visto no jeito inimitável de andar de muitos brasileiros, e principalmente das brasileiras, balançando o quadril, balançando como se estivessem dançando.

Esse “confortável” tem seus limites

Devemos esquecer qualquer noção de bom ou mau gosto: o mau gosto é sempre o gosto dos outros. Aqui não há mau gosto: cada um faz o que gosta. Aqui, parecemos ignorar a opinião, e especialmente o julgamento, dos outros. Por outro lado, nunca esquecemos as regras do pudor e da decência: mostramos muito, quase tudo, mas nunca, jamais, tudo! Temos nossos princípios morais e religiosos.

Parece-me que o único limite para isso uma vaade generalizada é a autoestima, a imagem que cada um tem de si mesmo, do próprio corpo. Quando esse limite é atingido, recorremos facilmente aos talentos dos famosos cirurgiões plásticos brasileiros, conhecidos por fazerem milagres. Recuperamos então a confiança; estamos completamente confortáveis ​​com nosso novo corpo novamente. Podemos passear nas praias, uma perambulação… com ou sem máscara.

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