No Rio, comer nunca é problema se você tiver um pouco de dinheiro. Temos até uma grande escolha. Começando pelo restaurante pe sujo (“pé sujo”), boui-boui carioca. Comida muito simples, nada cara, comida básica mas sempre abundante, que na maioria das vezes se resume a um PF (prato feito, “prato completo”) com feijão, arroz, batata frita, farinha de mandioca, carne ou frango, salada e muitas vezes até ovo! Passamos então para botequim Ou botecoo bistrô carioca, categoria acima, com pratos tradicionais, mais elaborados, regados a inúmeras cervejas, com ambiente amigável, onde você gosta de encontrar amigos e passar horas conversando!
Alguns bairros oferecem restaurantes gourmet de categoria superior, muitas vezes com cozinhas “estrangeiras”: portuguesa na liderança, francesa (um pouco em declínio), mas também italiana, japonesa e árabe. Devemos acrescentar as pizzarias imperdíveis, churrascarias (“carne grelhada”) e outros fast food. Resumindo, a escolha é vasta: há algo para todas as ocasiões e todos os orçamentos.
De vez em quando, na rua, você pode encontrar vendedores ambulantes vendendo espiga de milho cozido ou churros (donuts) e pequenos churrascos de espetinho nos pontos de paragem dos transportes públicos, à saída dos escritórios.
Mas desde a grande crise económica brasileira de 2015-2016, surgiu um novo fenómeno que se ampliou durante os anos da Covid. Por um lado, muitos trabalhadores ficaram desempregados; de outro, o restaurante, mesmo pe sujo, tornou-se muito caro para o almoço diário dos funcionários. Desenvolveu-se então nas ruas do Rio o fenômeno da quentinhas : venda de comida quente em bandejas de alumínio, distribuída a partir de um veículo estacionado em local estratégico por onde circulam potenciais clientes. Nós os encontramos no final da manhã, com os porta-malas bem abertos, apresentando suas diversas especialidades do dia.
A quentinha, quem pode dizer tudo ao mesmo tempo “um pouco quente” Ou “esquentar”, é originalmente uma embalagem de alumínio ou poliestireno destinada a manter os alimentos aquecidos; posteriormente, a palavra designará tanto o conteúdo quanto o recipiente. É comida, simples, cotidiana, bem brasileira, caseiro (“família”): arroz, feijão, farinha de mandioca (farofa), macarrão, salada, complementado com carne, frango ou peixe. Uma vez por semana, o pequenino feijoada tradicional! Em geral, é oferecida uma bebida, na maioria das vezes de guaraná natural.
“Precisamos diversificar nossos pratos, o vendedor me explica quentinha. Temos muitos clientes regulares e eles não querem comer a mesma coisa todos os dias!” Entre esses clientes, moradores do bairro ou funcionários locais, mas também motoristas de táxi ou Uber.
É um verdadeiro negócio: estes desempregados, por falta de subsídio de desemprego, transformaram-se, portanto, em microempreendedores. É preciso ter veículo, uma boa cozinha e estar bem organizado. A oferta é sem concorrência: a bandeja custa entre 10 e 15 reais (2 a 3 euros), bem mais barata que a PF de pe sujo do bairro! Alguns pontos de venda vendem várias centenas quentinhas por dia e alguns desses neoempreendedores já contam com vários pontos de venda! Eles participam do desenvolvimento desta economia informal que representa 40% da economia brasileira. Com iniciativa e sentido empresarial.
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