Classificado em 4º no mundo por suas reservas de petróleo e 5º por sua capitalização, a Petrobras brasileira é um elemento fundamental da estratégia brasileira e de sua sobrevivência nos mercados internacionais. Com essa visão estratégica, o presidente J. Bolsonaro culpa Roberto Castello Branco pelos quatro reajustes sucessivos dos preços dos combustíveis em menos de dois meses (+ 35% desde o início do ano) Decisão que teve como efeito provocar a partir de sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021, uma queda de 7% da participação do grupo petrolífero na época da 20% na segunda-feira, 22 de fevereiro quando os mercados reabrem.
A causa dessa queda pode ser o uso anterior da Petrobras como fachada para o jarras de vinho distribuído à classe política brasileira no governo do ex-presidente Lula. Na verdade, a empresa fazia parte de todo um sistema de corrupção montado na presidência de Lula e que até então reconheceu a falsificação de contas. Este evento, que terminou há três anos, não é suficientemente antigo para que a confiança dos investidores se consolide e a nomeação feita por Bolsonaro pode muito bem reacender o fogo.
Assim, o fato de nomear um ex-Ministro da Defesa e General do Exército Brasileiro à frente do maior grupo petrolífero do país demonstra a importância dessa atividade que representa 10% do PIB do país. Finalmente, devemos sublinhar o esfriamento das relações do Brasil com os Estados Unidos, um de seus principais clientes na eleição de Joe Biden, que decorre do retorno deste último nos acordos de Paris, o que não é um bom presságio para o Brasil e seus descuido ambiental, e pode prejudicar ainda mais a gigante do petróleo brasileira.
Maryam Karkach
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