Desde sexta-feira à noite, a Europa da bola redonda passa por todas as emoções, enquanto os adeptos dos Blues estão impacientes às 48 horas de um confronto entre a Alemanha de Manuel Neuer e a França de Kylian Mbappé. A quase 10.000 quilômetros de distância, seu companheiro de equipe no PSG, Neymar, se prepara para entrar em outro grande torneio continental. Seu Brasil vai lançar a Copa América na noite de domingo contra a Venezuela (23h), por uma 47ª edição que ninguém queria.
Porque ainda muito atingido pela Covid-19, o continente sul-americano vive um momento sombrio, onde os europeus reencontram as esplanadas e a alegria de respirar um pouco. Prevista inicialmente na Colômbia e na Argentina, a competição teve a retirada dos dois países. Antes que o Brasil, onde mais de 485.000 pessoas morreram com o vírus, se oferece como uma solução de alívio. Uma proposta validada … Quinta-feira à noite pelo Supremo Tribunal Federal, a apenas dois dias da partida de abertura da Seleção, no estádio Mané-Garrincha, em Brasília.
Anomalias chamadas Neymar e Messi
Se os brasileiros há muito deixaram a dúvida de um boicote ao torneio, os companheiros de Neymar agora estão totalmente focados em campo e preocupados com um objetivo comum: manter o título, conquistado há dois anos no … Brasil, na final em um Maracanã cheio contra o Peru (3-1). Lesionado um pouco antes do torneio, o “Ney” havia saboreado apenas pela metade o nono sucesso continental da Seleção e fará questão de levar sua seleção à décima coroação, sua primeira Copa.
Rodeado por outros dois jogadores da Ligue 1 (o companheiro parisiense Marquinhos e o Lyonnais Lucas Paquetá) e uma grande delegação de elementos em evolução na Europa (20 de 24), Neymar será mais uma vez a estrela da equipa, aliás favorita do torneio em casa. Líder de seu grupo de qualificação para a Copa do Mundo de 2022 – 6 vitórias em 6 partidas, série que não conquistava desde as eliminatórias da Copa de 1970 – o Brasil chegou confiante, e apenas a Argentina de seu maior rival, Lionel Messi, parece capaz de ficar em seu caminho.
Tão infeliz quanto Neymar, o Barcelona, de 33 anos, tentará se proteger do acirrado destino, em uma competição onde perdeu as três finais disputadas (2007, 2015 e 2016), as duas últimas nos pênaltis contra o Chile. O Uruguai de Luis Suarez e Edinson Cavani, a Colômbia que dispensou James Rodriguez e, finalmente, o Chile dos envelhecidos Arturo Vidal e Alexis Sanchez, têm uma carta para jogar. Mas terá que conquistar uma façanha contra os brasileiros que, em 1919, 1922, 1949, 1989 e 2019, ofereceram as cinco edições disputadas no país do futebol.