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Copa do Mundo 2022: da França ao Brasil, os candidatos sob escrutínio

Confiança na Argentina e no Brasil, dúvidas na Bélgica, promessas na França… A dinâmica dos candidatos ao título a pouco menos de seis meses da Copa do Mundo de 2022 no Catar.

– Alemanha: mandada para casa das piscinas em 2018, a Alemanha está invicta em nove partidas desde a chegada de Hansi Flick após o Euro. O ex-técnico do Bayern conta com o quadro de Munique (Neuer, Kimmich, Goretzka, Müller, Sané, Gnabry) para encontrar as alturas. A defesa está mais instável, com a dupla Nico Schlotterbeck-Antonio Rüdiger ainda frágil. E a identidade do centroavante não é clara, com Flick tendo tentado outros jogadores do Chelsea, Timo Werner e Kai Havertz.

– Inglaterra: os finalistas do último Euro carecem de benchmarks. A penosa vitória no amistoso contra a Suíça (2-1) não trouxe muitas lições, a da Costa do Marfim (3-0), rapidamente reduzida para 10 jogadores, poucos dias depois, ainda menos. A decepcionante temporada de Harry Maguire a nível de clubes, as falhas físicas de John Stones e Kyle Walker ou a ausência, durante toda a temporada, de Ben Chilwell ainda fazem da defesa o provável calcanhar de Aquiles da equipe de Gareth Southgate, que contará principalmente com seu ataque com Harry Kane , Phil Foden, Mason Mount ou Jack Grealish, que parece ter finalmente digerido sua transferência para o City.

– Argentina: após eliminação nas oitavas de final da Copa do Mundo de 2018 (3 a 4 contra a França) vivida como um desastre, a Albiceleste aos poucos reconstruiu um grupo, uma identidade de jogo e moral sob a liderança do inesperado Lionel Scaloni, que nunca havia liderou uma equipe profissional. Com novos jogadores indiscutíveis, como o goleiro Emiliano Martinez (Aston Villa), o zagueiro Cristian Romero (Tottenham) ou o atacante Lautaro Martinez (Inter de Milão) ao lado de Angel Di Maria e Lionel Messi, a Argentina pôs fim a uma espera de 28 anos vencer a Copa América em 2021 contra o Brasil. Todas as luzes estão verdes e o entusiasmo do público é palpável, mesmo que o físico de Messi, 35 anos em junho, seja um ponto de interrogação.

– Bélgica: quartas de final das últimas quatro competições internacionais (Europa e Copa do Mundo), a Bélgica sabe que suas chances de conquistar um primeiro grande troféu estão se esgotando. Como Eden Hazard e Romelu Lukaku, lutando no Real Madrid e no Chelsea, sua geração de ouro está em busca de um segundo fôlego. Alguns executivos (Kompany, Vermaelen, Fellaini) abandonaram o barco, outros, como Vertonghen, Alderweired, Witsel ou Mertens, cruzaram alegremente o limiar dos trinta anos. Os Red Devils terão que confiar em seus dois pilares em forma, Thibaut Courtois (Real) e Kevin De Bruyne (Manchester City), enquanto esperam que a próxima geração (Tielemans, Saelemaeckers, Trossard, Castagne, Doku, Theate, etc. ) transcenderá.

– Brasil: o pentacampeão mundial está em grande forma, permanecendo com três vitórias (no placar de 4 a 0). Neymar continua sendo o titular essencial do time: autor de 71 gols na seleção, ele está a seis unidades do recorde do Rei Pelé.

Marquinhos e Thiago Silva comandam a casa na zaga central (5 gols sofridos em 17 partidas pelas eliminatórias), assim como Casemiro no meio. Mas a hierarquia é abalada no ataque de jovens como Paquetá, Vinicius, Antony ou Raphinha, em detrimento de Firmino ou Gabriel Jesus. Um ponto negativo: desde a derrota para a Bélgica nas quartas de final da Copa do Mundo de 2018, os brasileiros disputaram apenas um amistoso contra uma seleção europeia, uma vitória (3 a 1) sobre a República Tcheca em 2019.

– Espanha: o bom percurso da sua jovem geração no Euro até à derrota nas meias-finais frente aos futuros vencedores italianos nas grandes penalidades (1-1, 4-2 penáltis), tal como a final da Liga das Nações (perdeu para a França por 2 a 1) tranquilizou os homens do Federador Luis Enrique, que está entre os candidatos ao título no Catar. Sai Sergio Ramos e outros Gerard Pique: as estrelas de La Roja não têm 20 anos e se chamam Pedri, Gavi ou Ansu Fati. Restam os estalajadeiros, como Álvaro Morata, Aymeric Laporte ou Sergio Busquets, mas nenhum é imparável.

– França: caído de cima no Euro (eliminação no 8º), os Blues recuperaram uma certa extravagância na queda ao vencer a Final Four da Liga das Nações contra dois formidáveis ​​rivais, a Bélgica nas meias-finais (3-2 ) e a Espanha na final (2-1). A cada vez, os franceses derrubavam um partido mal iniciado. E, a cada vez, a luz veio de seu gibão de atacantes Karim Benzema e Kylian Mbappé. A sua associação, perfeita no campeonato europeu, desde então provou ser brilhante. E eles vão contar com uma base de experiência (Hugo Lloris, Raphaël Varane, Paul Pogba, Antoine Griezmann), embelezada com novas pepitas (Theo Hernandez, Aurélien Tchouaméni).

– Portugal: depois de uma campanha de qualificação decepcionante para o Mundial de 2022 (qualificação nos play-offs), a seleção de Cristiano Ronaldo mostra um jogo bastante fraco. Apesar de um conjunto de talentos – João Cancelo, Bernardo Silva, Bruno Fernandes, João Félix ou o essencial Ronaldo – a Selecção sofre com a falta de força coletiva e de um plano de jogo claro, é frágil atrás e desarrumado na frente. Vítima dessas incertezas, Ronaldo não marca com Portugal desde outubro de 2021.

Fonte: AFP

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