(Panamá) Mais de cinquenta migrantes morreram desde o início do ano no Panamá enquanto tentavam cruzar a hostil Floresta Darien, na fronteira com a Colômbia, na tentativa de chegar aos Estados Unidos, disseram os Estados Unidos na quarta-feira. Ministério Público do Panamá.
“O Instituto de Medicina Legal e Ciências Forenses do Panamá registrou 53 mortes de migrantes em diferentes circunstâncias na província de Darien”, disse José Vicente Bachar à AFP.
Esse número é maior do que nos anos anteriores, com uma média de 20-30 corpos encontrados neste corredor de selva de 266 quilômetros entre a Colômbia e o Panamá, que é sem dúvida a parte mais difícil da viagem aos Estados Unidos. , via América Central e México, desses imigrantes haitianos são principalmente do Brasil, Chile ou Argentina.
“É muito provável que o número de mortos aumente”, advertiu Bashar, à medida que o fluxo de migrantes pelo rio Darin “aumentou”.
Desde o início do ano, cerca de 70.000 pessoas, segundo as autoridades panamenhas, cruzaram essa floresta de 575.000 hectares, um número quase igual aos cinco anos anteriores.
Embora o número de migrantes que cruzam a selva panamenha tenha caído drasticamente nos primeiros meses da pandemia, o fluxo está aumentando novamente.
Em 24 de setembro, o Ministério Público do Panamá informou a descoberta de dez corpos, incluindo duas crianças.
O governo colombiano pediu na terça-feira ao Panamá que “facilite” a entrada de menores ou mulheres grávidas em seu território para evitar que cruzem ilegalmente o rio Darren.
No município colombiano de Nicocle (Noroeste), cerca de 20.000 migrantes, a maioria haitianos, aguardam sua vez para começar a cruzar uma floresta montanhosa infestada de cobras, pontilhada de vales e infestada de gangues de criminosos.