Este ano, diversas escolas decidiram homenagear os heróis afro-brasileiros ou povos indígenas.
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Homenagem às mulheres negras. A escola de samba Viradouro sagrou-se campeã do carnaval carioca nesta quarta-feira, 14 de fevereiro, graças a um desfile sobre a força das mulheres negras. O tema do desfile foi o culto a uma serpente sagrada venerada pelos guerreiros Mino, que defendiam o reino do Daomé, onde hoje fica o Benin, de onde muitos escravos foram enviados à força para o Brasil.
Ao mesmo tempo, a Viradouro prestou homenagem às mulheres afro-brasileiras, num país onde o racismo persiste e onde 56% da população é negra ou parda. O segundo lugar do ranking vai para a escola Imperatriz Leopoldinense, campeã do ano passado, que evocou o tema da sorte e do acaso através da história de uma menina cigana.
Terceiro título do Viradouro
O Viradouro liderou a corrida do início ao fim, enquanto as notas dos jurados eram recitadas uma a uma durante mais de uma hora, durante cerimônia transmitida ao vivo pela TV Globo, canal de maior audiência do Brasil. . Ela foi a última dos 12 grupos a desfilar, quando o sol começou a nascer, após duas noites de grandioso espetáculo no Sambódromo, espaço com 70 mil lugares criado há 40 anos pelo arquiteto Oscar Niemeyer.
Olha esse carro da Viradouro, Brasil! 😍😍 #Globeleza pic.twitter.com/aspZKjXgxY
— TV Globo 📺 (@tvglobo) 13 de fevereiro de 2024
O Viradouro conquistou assim o seu terceiro título (depois dos de 1997 e 2020), e foi saudado por uma explosão de alegria em Niterói, cidade suburbana do Rio onde está localizada esta escola fundada em 1946.
Este ano, diversas escolas decidiram homenagear heróis afro-brasileiros ou povos indígenas, como o Salgueiro, quarto colocado com um desfile sobre a tragédia dos Yanomami, que enfrentam uma grave crise humanitária causada por incursões de garimpeiros ilegais no Amazonas.