em direção a um novo aumento na taxa básica

O Banco Central do Brasil deve aumentar a taxa básica novamente na quarta-feira, 3,5% (+0,75 ponto), segundo analistas, para lutar contra os disparos inflacionários em meio à crise do coronavírus.

Em março, essa taxa foi elevada pela primeira vez em seis anos, de 2%, seu mínimo histórico de 2,75%.

O Comitê Monetário do Banco Central (Copom) indicou então que deveria fazer o mesmo em maio, a menos que haja alteração significativa no que diz respeito à inflação.

E os preços continuaram subindo, com inflação de 6,1% no ano contra ano em março, superando o teto de 5,25% estabelecido pelo Banco Central.

Os especialistas consultados na última pesquisa Focus semanal revisaram em grande parte para cima suas projeções para a inflação de 2021, que contava com 5,04%, contra 3,34% no início do ano.

Mesmo que os mercados esperem que a inflação seja menor no segundo semestre, o banco central deve enviar uma mensagem forte devido aos dados de curto prazo, disse Jason Vieira, da consultoria Infinity Assets.

Para Mauro Rochlin, professor de Economia da Fundação Getulio Vargas, esse novo aumento da taxa é necessário porque a inflação chegará a 7% em um ano em abril.

O Banco Central terá, no entanto, de encontrar o equilíbrio certo, para evitar que o aumento das taxas impeça a recuperação de uma economia atormentada pela crise da saúde.

A taxa básica permaneceu inalterada em 2% de agosto de 2020 a março de 2021, tendo o Banco Central decidido mantê-la em seu mínimo histórico na tentativa de estimular o investimento.

O PIB do Brasil contraiu 4,1% no ano passado, a terceira pior queda de sua história.

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Mas a primeira economia da América Latina resistiu melhor do que os países vizinhos às consequências da pandemia, em particular graças à ajuda paga a dezenas de milhões de brasileiros.

Especialistas consultados pela pesquisa Focus esperam um crescimento de 3,14% para 2021, número que vem sendo revisado para baixo desde o início do ano, devido ao agravamento da pandemia, que já fez mais de 408 mil mortos.

E a crise deixou mais de 2 milhões de desempregados adicionais em um ano, para um total de 14,4 milhões de pessoas à procura de emprego, um recorde.

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