Era uma vez: Macaco Fluorescente

Era uma vez: Macaco Fluorescente

Esta história se passa em um laboratório na China. Durante muitos anos, cientistas deste país e de todo o mundo têm conduzido experiências para criar “quimeras”.

Uma quimera é um animal que possui características de duas ou mais espécies animais. Uma zebra com cabeça de leão, por exemplo.

As quimeras fazem parte da mitologia há séculos. Durante muito tempo, a Quimera não existiu realmente. Mas com o avanço científico, agora é uma realidade!

Bem, talvez não uma zebra com cabeça de leão, mas um rato com pâncreas de rato, por exemplo. (O pâncreas é um órgão do sistema digestivo.) Ou até mesmo o nosso macaco fluorescente. No caso dele, sua cor especial veio de… uma água-viva! Sim! O número 10 é um macaco e uma água-viva!

Como os cientistas fizeram isso?

Quando o Número 10 ainda era um embrião (o primeiro estágio do desenvolvimento de um organismo), a equipe modificou seu código genético.

O código genético é a “receita” única de cada organismo. Essa receita costuma ser simples: metade dos ingredientes vem da mãe e a outra metade do pai.

No caso do número 10 é mais complicado. Antes de nascer, os cientistas introduziram nele um elemento que lhe deu uma fluorescência semelhante à de uma água-viva.

Mas não é isso que torna o número 10 realmente especial. Os cientistas há muito tempo conseguem criar ratos fluorescentes, ou mesmo ovelhas.

O número 10 é único porque os cientistas também adicionaram outro embrião de macaco ao seu código genético. De certa forma, não é apenas um macaco, mas dois, cada um com pai e mãe diferentes. E tudo isso no mesmo corpo.

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1 + 1 =…1!!!

Mas por que os cientistas se dão a todo esse trabalho?

Vamos começar com a fluorescência.

Animais como o número 10 destinam-se a ser cobaias, ou seja, a serem utilizados em experiências laboratoriais para encontrar tratamentos para doenças humanas. Quando certos órgãos desses animais apresentam fluorescência, os cientistas podem monitorar melhor seus sintomas ou reações aos medicamentos.

Ao adicionar os genes de outro macaco ao código genético do número 10, os cientistas queriam levar a experiência mais longe. O objetivo deles: “melhorar” o número 10, ou seja, torná-lo mais forte diante das doenças.

O objetivo era fazer do número 10 um supermacaco. Mas todas essas experiências ainda não estão concluídas. Evidência: o número 10 nasceu com a saúde debilitada e, infelizmente, só tinha 10 dias de vida…

Para muitos cientistas, estas experiências ajudarão os humanos a viver melhor e por mais tempo. Mas também há quem se pergunte se isso é uma boa ideia. Porque se um dia os cientistas pudessem, por exemplo, criar quimeras que fossem metade humanas e metade macacos, isso levantaria muitas questões…

Exemplo: Mas qual criatura deveria ser considerada um ser humano e qual não deveria?

O que você acha desse tipo de experiência? Esta é uma boa ideia ou não?

O número 10 nasceu há dois anos em um laboratório em Xangai, na China. Sabíamos da sua existência graças ao estudo que acabamos de publicar sobre o assunto. É o primeiro exemplo de um macaco que nasce com uma alta concentração de células de um embrião diferente do seu.

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About the Author: Genevieve Goodman

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