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explosão de casos de dengue no Rio e em São Paulo com a aproximação do carnaval

A poucos dias do famoso carnaval brasileiro, que atrai milhões de visitantes, o país enfrenta um aumento preocupante de casos de dengue. Várias dezenas de mortes já foram relatadas.

São Paulo e Rio de Janeiro, as duas cidades mais populosas do Brasil, anunciaram medidas para lidar com a explosão de casos de dengue no período que antecede o Carnaval, que atrai milhões de turistas de todo o mundo.

O Brasil registrou 345.235 casos prováveis ​​de dengue nas primeiras cinco semanas do ano, quase quatro vezes mais que em 2023 no mesmo período (93.298), segundo os últimos números do Ministério da Saúde.

Medidas de saúde

O ministério informa ainda 31 mortes confirmadas, estando ainda em análise outras 234 que poderão ter sido causadas por esta doença.

Em São Paulo, as autoridades locais inauguraram nesta terça-feira, 6 de fevereiro, um Centro de Operações de Emergência para monitorar o avanço da doença na maior megalópole da América Latina e nas mais de 600 cidades do estado de mesmo nome.

Um drone que espalha larvicida em locais de difícil acesso foi testado para neutralizar os mosquitos que transmitem esta doença com sintomas semelhantes aos da malária.

A cidade do Rio de Janeiro, por sua vez, declarou estado de emergência de saúde pública nesta segunda-feira.

Nesta meca do carnaval brasileiro, que começa oficialmente na sexta-feira, as autoridades anunciaram a abertura de dez centros de atendimento para aliviar o congestionamento nos hospitais.

“Felizmente abriram esse centro, porque os hospitais sozinhos não conseguem dar conta dessa situação”, disse Luciana Ferreira, faxineira, paciente de um desses centros de atendimento em Curicica, bairro popular da zona oeste do Rio.

Hospital de campanha

Outras cidades fortemente afetadas tomaram medidas para combater a dengue, como a capital Brasília, onde um hospital de campanha recebe pacientes 24 horas por dia.

“Nós lhes damos cuidados básicos, os hidratamos e depois os deixamos sair ou os encaminhamos para um centro de atendimento maior”, disse Mauricio Braga, vice-diretor dos serviços de saúde do Exército. o ar.

O governo anunciou há duas semanas que uma campanha de vacinação gratuita dirigida a 3,2 milhões de pessoas teria lugar em Fevereiro.

Mas a data de início da imunização com a vacina Qdenga, produzida pelo laboratório japonês Takeda, ainda não foi anunciada.

A capacidade de produção “limitada” do laboratório não permite a vacinação em massa, as autoridades decidiram visar os jovens dos 10 aos 14 anos, faixa etária que concentra o maior número de internamentos.

O governo anunciou recentemente que estudava a possibilidade de aumentar o número de doses disponíveis através da produção de vacinas no Brasil, um país de 203 milhões de habitantes.

Uma das soluções consideradas é a produção da vacina Qdenga pelo laboratório público Fiocruz, que já tinha feito o mesmo com a da AstraZeneca durante a pandemia de Covid-19.

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