Na sexta-feira, o Parlamento finlandês adotou um controverso projeto de lei que permite aos guardas de fronteira recusar a entrada de requerentes de asilo na fronteira oriental do país sem examinar os seus pedidos, sob certas condições.
A adoção da lei temporária ocorre após o afluxo de requerentes de asilo no ano passado que chegaram à fronteira com a Rússia, que Helsínquia afirma ter sido coordenada por Moscovo, o que o Kremlin nega.
A lei “Medidas Temporárias de Combate à Migração Exploratória” foi aprovada por maioria de 167 votos, enquanto 31 parlamentares votaram contra.
Entrará em vigor por um ano e autorizará o governo a limitar a apresentação de um pedido de proteção internacional a períodos reduzidos e a partes limitadas das suas fronteiras.
O governo de direita exigia a criação de novas ferramentas legais depois de quase 1.000 migrantes isentos de visto terem chegado no outono passado à sua fronteira de 1.340 quilómetros com a Rússia.
Esta é uma mensagem forte para a Rússia e os nossos aliados. “A Finlândia garantirá a sua segurança e a segurança das fronteiras da União Europeia”, disse o primeiro-ministro finlandês Petri Orpo numa conferência de imprensa imediatamente após a votação no parlamento.
A Finlândia fechou as fronteiras com o seu vizinho oriental em meados de dezembro por um período indefinido.
Os especialistas e o próprio governo reconheceram que a lei viola as obrigações internacionais da Finlândia em matéria de direitos humanos, bem como a sua constituição.
Fora do Parlamento, cerca de uma centena de pessoas manifestaram-se contra este texto, que chamaram de “Lei de Expulsão”, segundo a mídia finlandesa.
Os partidos da oposição, como a Liga Verde e a Aliança de Esquerda, opuseram-se a este projeto de lei.
“É um dia triste para o Estado de direito e os direitos humanos na Finlândia”, disse o líder da Aliança de Esquerda, Lee Andersson, numa mensagem no Canal X.
Esta lei, que visa enfrentar “ataques híbridos russos”, como dizem as autoridades finlandesas, pode ser activada por um período de um mês em áreas designadas do país, se a sua soberania e segurança forem consideradas ameaçadas.
Só os requerentes de asilo em situações vulneráveis, como crianças e pessoas com deficiência, poderão então procurar protecção internacional.
A sua elegibilidade dependerá da avaliação do seu caso pela Patrulha da Fronteira, não sendo possível recurso.
O Comissário do Conselho da Europa para os Direitos Humanos, Michael O’Flaherty, e o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados instaram os legisladores finlandeses a reconsiderar este texto.
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