Cinco vezes vencedor da Copa do Mundo, o Brasil não tem treinador segundo a AFP, segundo fonte da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) sob condição de anonimato. Fernando Diniz, nomeado em julho de 2023 para um período interino, foi, portanto, demitido, pagando pelos maus resultados da Seleção.
Na verdade, o Brasil venceu apenas duas das seis partidas que disputou desde o início das eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo de 2026, que será disputada nos Estados Unidos, Canadá e México. Um ano depois da eliminação nas quartas de final da Copa do Mundo de 2022, no Catar, a seleção de Neymar ocupa apenas o sexto lugar entre dez no ranking das eliminatórias, com apenas dois pontos de vantagem para a vaga no play-off. Baixo desempenho preocupante para a única nação que participou de 22 edições de Copa do Mundo, com cinco títulos, um recorde.
Após a saída de Tite (2016-2022), Diniz foi contratado por um ano, enquanto era técnico do Fluminense, que conquistou a Copa Libertadores em 2023 e enquanto aguardava a contratação de um novo treinador.
Sua demissão ocorre um dia depois de uma reviravolta na outra crise, esta institucional, que abala o futebol brasileiro: o presidente da CBF Ednaldo Rodrigues, demitido no início de dezembro por um tribunal do Rio, foi reintegrado em suas funções por decisão de um juiz do Supremo Tribunal. A decisão da Justiça carioca havia invalidado um acordo anterior entre a CBF e o Ministério Público do Rio, datado de março de 2022, que permitia a eleição do primeiro presidente negro da federação. Mas a Fifa e a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) não encararam favoravelmente esta decisão judicial, recusando qualquer interferência estatal nos assuntos da CBF.