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Futebolistas brasileiros da Ucrânia deixaram o país

(BUCARESTE) Vários futebolistas profissionais que jogam na Ucrânia, incluindo brasileiros, conseguiram deixar o país e foram detidos na Roménia depois de terem pedido ajuda ao seu governo para enfrentar a invasão russa, anunciou segunda-feira o clube Shakhtar Donetsk.

Postado às 16h43.

“Os jogadores brasileiros do Shakhtar deixaram a Ucrânia com suas famílias […] O clube ucraniano disse em comunicado na segunda-feira que os jogadores cruzaram a fronteira, confirmando que outros jogadores do Dínamo de Kiev deixaram o país para a Romênia.

Esses jogadores e suas famílias se reuniram nos últimos dias em um hotel em Kiev, inclusive postando um videoclipe nas redes pedindo ao governo brasileiro que os “apoie”.

“Após 16 horas de viagem, acabamos de cruzar a fronteira entre a Ucrânia e a Moldávia. Agora temos mais de sete horas de ônibus para Bucareste, de onde partiremos para o Brasil. […] “Estamos seguros e bem”, escreveu Matthews Assaf, representante do Shakhtar, Vinicius Tobias, no Instagram nas últimas horas.

O Shakhtar Donetsk, que participa regularmente em Taças dos Campeões Europeus e conta com treze jogadores brasileiros no seu plantel segundo o seu site oficial, confirmou que esta saída foi possível sobretudo pelo Presidente da UEFA, Aleksandar Ceferin, e pelos seus homólogos das federações ucraniana e moldava.

O técnico do clube de Donetsk, Roberto de Zerbe, também expressou sua “felicidade por estar de volta” em seu país, em um vídeo postado no Instagram, cercado por sua equipe.

“Mas nunca seremos felizes até que nossos jogadores ucranianos, nossos amigos ucranianos e todo o povo ucraniano, o grande e orgulhoso povo ucraniano, sejam tão livres quanto nós”, acrescentou.

Carlos de Pena, meio-campista uruguaio que joga no Dínamo de Kiev, também conseguiu deixar a Ucrânia.

Em um texto postado no Twitter e no Instagram na segunda-feira, o homem de 29 anos disse que “acorda no dia 24 de fevereiro às 4h55 com o som de aviões e bombas explodindo em Kiev”.

A paz acabou e o pesadelo começou. Nas ruas, vi o desespero das pessoas, filas em supermercados e caixas eletrônicos, pessoas fugindo em direção à fronteira.”

De Pena explica em seu relato que ele e seu colega brasileiro Vetinho foram a um hotel para se abrigar com os jogadores brasileiros que se juntaram à Moldávia.

revelou De Pena, que disse: “Eu estava com tanto medo, me escondi e chorei várias vezes para não mostrar meu desespero na frente dos outros e ser forte”. O povo ucraniano está sofrendo com essa coisa terrível e imprudente”.

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Winona Wheatly

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