A comunidade internacional assume mais uma vez a sua posição oficial. Na quarta-feira, 15 de Novembro, o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou uma resolução apelando à cessação urgente e a longo prazo dos combates na Faixa de Gaza. Isto é “por um período de dias suficiente” para permitir a entrega de ajuda humanitária à Faixa sitiada pelo exército israelita.
Esta votação põe fim a um impasse entre os quinze membros do Conselho, depois de quatro projectos de resolução apresentados no mês passado não terem conseguido adoptar um texto que também apela à libertação imediata e incondicional de todos os reféns detidos pelo Hamas desde o ataque de 7 de Outubro.
Abster-se de votar. Os Estados Unidos, a Rússia e a Grã-Bretanha, que têm poder de veto como membros permanentes do Conselho, abstiveram-se de votar o projecto de resolução apresentado por Malta. Os outros 12 membros votaram a favor. A tentativa de última hora da Rússia de alterar o texto para incluir um apelo a uma trégua humanitária imediata que conduzisse a um cessar-fogo fracassou.
O impasse do Conselho de Segurança nas últimas semanas tem estado principalmente ligado à retórica em torno dos combates – que apela a um cessar-fogo ou cessar-fogo, enquanto uma pausa é tradicionalmente considerada menos formal e mais curta do que um cessar-fogo. Washington apoiou o princípio do cessar-fogo, enquanto Moscovo pressionou por um cessar-fogo.
Além disso, o texto aprovado quarta-feira não condena as ações do Hamas, um ponto de discórdia entre os Estados Unidos, aliado de longa data de Israel, e a Grã-Bretanha.
Sobrevivência. No documento, o Conselho de Segurança apela a “uma trégua humanitária urgente e de longo prazo, e a abertura de corredores através da Faixa de Gaza, por um número suficiente de dias para permitir… […] O acesso à ajuda humanitária é completo, rápido, seguro e sem entraves. A resolução apela também ao respeito pelo direito internacional, especialmente a protecção dos civis, incluindo as crianças. Apela a todas as partes interessadas para que não privem os civis em Gaza dos serviços básicos e da assistência humanitária necessários à sua sobrevivência.
Os dois textos apresentados pela Rússia no mês passado não receberam apoio suficiente. Os Estados Unidos usaram o seu poder de veto contra o projecto de resolução elaborado pelo Brasil, enquanto a Rússia e a China usaram o seu poder de veto contra o texto americano. Perante este impasse no Conselho de Segurança, a Assembleia Geral da ONU aprovou em 28 de Outubro um texto apresentado pelos Estados árabes apelando a uma trégua humanitária imediata e ao acesso desimpedido da ajuda à Faixa de Gaza.
(Com Reuters)
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