Gerson se tornou o pilar de Jorge Sampaoli em campo. Ainda indetectável por um tempo em campo, ele se tornou indispensável em todos os lugares, à esquerda e à direita, no ataque e na defesa. E o “Coringa” sabe que ainda é esperado para a viagem a Marselha no final da 28ª rodada da Ligue 1 neste domingo.
Na Bretanha, o OM vai querer pôr fim a uma série de maus resultados (um ponto em três jogos) com Gerson seguramente na posição inicial, mas em que posição? O mistério permanece.
Desde o início da temporada, o brasileiro tem jogado meio-campista, à direita e à esquerda, meia-atacante, falso N.9 alternando com Dimitri Payet e até às vezes lateral-esquerdo durante a partida. Contra o Mônaco, no último domingo, jogou como um quase ponta-direita e quatro dias depois, contra o Basel, manteve a mesma posição, mas do outro lado!
“No Brasil também joguei em várias posições. Por isso me chamavam de Coringa (o Coringa, nota do editor). Estou sempre disponível para ajudar a equipa”, disse os marselheses na sexta-feira em conferência de imprensa.
Durante a sua estreia na Europa, na AS Roma e depois na Fiorentina, o futebolista de 24 anos já tinha andado de posto em posto. Mas acima de tudo, traiu a incerteza de seus treinadores quanto ao seu melhor papel. Hoje, sua versatilidade é um verdadeiro trunfo tático para Sampaoli, que o contratou neste verão por cerca de 20 milhões de euros.
“Nossas posições sempre têm a ver com os espaços deixados pelo adversário. Se colocamos o Gerson na esquerda contra o Basileia, foi para fixar por fora, permitir que Payet jogasse mais por dentro e Kolasinac subisse de forma mais linear”, explicou Sampaoli nesta sexta-feira.
Acima de tudo, o técnico argentino assegurou que depois de primeiras atuações discretas, por vezes insuficientes, Gerson estava agora “perfeitamente adaptado ao grupo, a um futebol diferente e a um novo país”.
“Ele vence duelos, ataca a superfície, elimina os adversários. Ele está no caminho certo para se tornar um jogador respeitado nesta função. Ultimamente, ele realmente atendeu às expectativas”, acrescentou o treinador do OM.
Enquanto sua equipe está passando por um final de inverno complicado, a nova consistência de Gerson é de fato um trunfo importante para o Marselha. “Me sinto cada vez melhor, mais adaptado, mais feliz. Sempre trabalhei para estar ao melhor nível e fui ajudado pelos meus companheiros, pelo staff, um grupo muito unido que sabe o que quer”, explicou Gerson.
“Cada país tem sua cultura, suas especificidades. Aqui há muitos jogadores rápidos e fisicamente muito fortes. Tentei me adaptar e agora estou em sintonia com os outros”, acrescentou.
O internacional do Auriverde, que no entanto não foi convocado por Tite para os próximos jogos da Seleção, no final de março, também admitiu ter feito um “trabalho mental” para apoiar sua ascensão ao poder. “Quando você está bem de cabeça, tudo funciona melhor. A partir do momento que nos libertamos do que podemos ler ou ouvir, tudo fica melhor”, disse. Se ele lesse ou ouvisse o que se fala dele hoje, Gerson veria que as opiniões mudaram.
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