(Washington) A polícia de fronteira dos EUA vai parar temporariamente de usar oficiais a cavalo na pequena cidade de Del Rio, no Texas, disseram as autoridades na quinta-feira, após postar fotos que mostram o que foi considerado um tratamento humilhante para os imigrantes haitianos que tentam entrar nos Estados Unidos.
A porta-voz da Casa Branca Jane Jane disse que o secretário de Segurança Interna Alejandro Mallorcas “informou aos líderes de organizações de direitos civis que não usaremos mais cavalos em Del Rio”.
Um porta-voz do Departamento de Segurança Interna disse que a ação foi tomada “em caráter provisório”.
“Usaremos outros métodos como prioridade para identificar os indivíduos que podem estar em perigo de saúde”, disse ele em um comunicado.
Em uma foto tirada por um fotógrafo da AFP no domingo, um guarda de fronteira a cavalo agarra um homem pela camisa no lado americano do Rio Grande, a fronteira natural entre os dois países, perto de Del Rio.
Por outro lado, ele mantém um grupo à distância, torcendo as rédeas, em posição ameaçadora, para forçá-los a voltar para o México.
Essas fotos, que se espalharam pelo mundo todo, causaram alvoroço nos Estados Unidos. Alguns viram os imigrantes ali se fundindo com o gado, outros se lembraram dos maus-tratos aos negros nas mãos de policiais montados, carcereiros ou donos de escravos.
Mayorkas enfatizou na quarta-feira que essas imagens não refletem a identidade dos Estados Unidos ou o trabalho de toda a polícia de fronteira. Foi aberta uma investigação e os policiais envolvidos foram encarregados de tarefas administrativas.
O governo dos Estados Unidos está enfrentando uma nova crise de imigração após o afluxo repentino e maciço de milhares de pessoas, incluindo muitos haitianos, que se aglomeraram por dias sob uma ponte em uma pequena cidade fronteiriça, em condições miseráveis.
Mais de 1.400 haitianos presos na fronteira já foram repatriados de avião, uma decisão que também foi criticada porque a pequena nação caribenha está atolada em uma crise política, de segurança e humanitária.