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Como parte do Dia Internacional de Rejeição da Pobreza, no domingo, 17 de outubro, ele se concentrou na situação na Índia e no Brasil, onde o vírus Covid-19 e sucessivos casos jogaram os mais fracos na extrema pobreza.
A crise de saúde e a duração de seu confinamento tiveram um efeito devastador nas famílias mais humildes da Índia. Dezenas de milhões deles caíram na pobreza, até que não tinham mais o que comer.
Com nosso correspondente em Nova Delhi, Sebastian Farsis
Diz-se que 230 milhões de indianos caíram na pobreza entre 2020 e 2021 devido à crise de saúde. Isso significa um em cada seis. Essas estimativas, publicadas pela universidade privada Azim Premji, dão uma idéia da devastação infligida à população nas diversas áreas da longa e perigosa residência indígena.
E principalmente a desigualdade entre eles: porque são, claro, os mais humildes, que trabalham na economia informal e são os que mais sofreram. Eles perderam toda a sua renda por pelo menos dois meses no ano passado.
Muitos não estavam com fome na época: a Índia caiu para 101 em 116 no ranking global de fome publicado esta semana, colocando a Índia atrás do vizinho Bangladesh, embora mais pobre em termos de PIB.
Assim, um em cada seis indianos sofreu de desnutrição no ano passado, um número que está aumentando pela primeira vez em quinze anos. Durante esse tempo, os 100 índios mais ricos viram suas fortunas aumentarem em 50%. Assim, esta crise de saúde está exacerbando as desigualdades Já flagrante na Índia.
A pobreza está aumentando no Brasil, onde a pandemia elevou os preços dos alimentos.
Com nosso correspondente em São Paulo, Martin bernard
Rosângela Melo, mãe de cinco filhos, passou duas semanas na prisão por roubar uma caixa de macarrão e dois refrigerantes de um supermercado em São Paulo. Foi necessária a intervenção do Supremo Tribunal Federal para libertá-la: a justiça levou em consideração a gravidade da pobreza extrema no país.
De acordo com um estudo realizado pela Pensann Network especializada em segurança alimentar, mais de 10% da população vive em extrema pobreza e mais da metade da população sofre de alguma forma de escassez alimentar.
número de sem-teto, assim como Rosângela Melo em São Paulo, explodiu nas grandes cidades por conta da epidemia, causando alto desemprego e instabilidade.
A inflação piorou a situação. Oficialmente, o aumento de preços chega a 10%, mas ainda é muito maior para alimentos básicos, como arroz ou feijão. Para muitos brasileiros, a carne se tornou um bem de luxo, e alguns estão se transformando em ossos roedores que os açougueiros vendiam para alimentar cães.
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