“Isso é inaceitável”… Greenpeace critica decisão do Brasil de ingressar na OPEP+

“Isso é inaceitável”… Greenpeace critica decisão do Brasil de ingressar na OPEP+

É oficial. Neste sábado, em Dubai, Presidente brasileiro Lula confirmou que o seu país iria aderir OPEP +, com o objetivo de “convencer os principais países produtores de petróleo” a prepararem-se para a transição energética “sem combustíveis fósseis”. O convite do Brasil foi anunciado quinta-feira, durante reunião da OPEP+, aliança formada pelos treze membros da a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e dez países parceiros, incluindo a Rússia. A adesão deve ocorrer em janeiro.

“Todo mundo ficou assustado com a ideia do Brasil entrar na OPEP (…) Mas o Brasil não vai entrar na OPEP. O Brasil ingressará na Opep+”, disse Lula em Dubai, durante uma mesa redonda COP28, a conferência da ONU sobre o clima. “É como quando sou convidado a participar do G7. Eu vou lá e ouço. Só falo depois que eles tomam uma decisão. Eu não decido nada”, acrescentou o chefe de Estado brasileiro. Em maio passado, Lula foi convidado a participar da cúpula do G7 no Japão.

Um papel de observador

Sexta-feira, o presidente da Empresa brasileira Petrobras, Jean-Paul Prates, havia afirmado que o Brasil deveria ingressar na OPEP+ como “observador”, descartando a possibilidade de ver seu país aderir às cotas de produção decididas pela organização. Mas Lula ainda pretende ter um papel nos debates sobre a transição energética. “É importante participar na OPEP+, porque temos de convencer os principais países produtores de petróleo de que devem preparar-se para o fim dos combustíveis fósseis”, afirmou.

Maior produtor de petróleo da América Latina, nomeadamente com vastas reservas em depósitos off-shore do pré-sal, o Brasil registou uma produção de crude de 3,7 milhões de barris por dia em Setembro, segundo dados do grupo Argus, ou seja, um aumento de quase 17% face ao um ano e “um nível recorde”.

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” Isso é inaceitável “

Esta confirmação da adesão do Brasil à OPEP+ gerou críticas de movimentos ambientalistas. “O Brasil diz uma coisa, mas faz outra na COP28. É inadmissível que o país que diz defender o objetivo de limitar o aquecimento global a 1,5°C, anuncie agora o seu alinhamento com o grupo dos maiores produtores de petróleo do mundo”, reagiu Leandro Ramos, da antena brasileira do Paz verdecitado em um comunicado de imprensa.

Lula se apresenta na COP28 como campeão na luta contra o aquecimento global, mostrando uma redução significativa no desmatamento na Amazônia desde que voltou ao poder em janeiro. Mas também é alvo de críticas devido a um projeto de exploração de petróleo da empresa pública Petrobrasperto da foz do Amazonas.




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