“O Brasil está falido. Não posso fazer nada.” Esta decisão foi emitida pelo presidente Jair Bolsonaro, terça-feira, 5 de janeiro de 2021, atribuindo a crise a “este vírus alimentado pela imprensa”, num momento em que a ajuda que salvou milhões de pessoas da pobreza foi interrompida. “O Brasil está falido. Não posso fazer nada. Queria mudar o tamanho dos cortes de impostos, mas havia esse vírus alimentado pela imprensa que temos aqui, essa imprensa desinteressante”, declarou Jair Bolsonaro em resposta a um dos suas declarações. Seus apoiadores que o receberam em frente à sua residência oficial em Brasília.
O presidente brasileiro referia-se às reformas que visam aumentar o nível de rendimentos isentos de impostos, uma promessa eleitoral do líder da extrema-direita, que chegou ao poder com um programa económico liberal. Para Jair Bolsonaro, o colapso económico do país está ligado às restrições recomendadas pelos governadores para combater a pandemia do coronavírus, que já ceifou quase 198 mil vidas no Brasil.
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Ganhou popularidade graças ao auxílio emergencial concedido durante nove meses a cerca de 68 milhões de brasileiros, ou quase um terço da população. Mas esta ajuda foi interrompida este mês, sob pressão dos mercados preocupados com o elevado nível de défice e dívida do país, o que poderia colocá-lo “à beira do abismo social”, segundo Marcelo Neri, diretor do Centro de Política Social. Fundação Getúlio Vargas (FGV).
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Enquanto isso, o número de casos e mortes continua aumentando. Nas últimas 24 horas, o gigante sul-americano registou 1.171 mortes e cerca de 60.000 novas infecções, números que deverão aumentar nas próximas semanas devido às grandes aglomerações que ocorreram durante os feriados de Natal e Ano Novo, segundo especialistas. .