Com uma camisa amarela e verde em solo canário, em Nantes, a história não poderia ser mais bonita. A seleção feminina francesa se enfrentará na noite de sábado em La Beaujoire contra o Brasil nas quartas de final dos Jogos Olímpicos de 2024, em Paris. Cartaz dos sonhos de Elisa de Almeida, lado direito dos Blues: “França-Brasil, emociona a todos. Além disso, em Beaujoire, valerá a pena um desvio!” “Nantes é uma cidade do futebol”, lembra Hervé. Renard: “Espero que o público esteja lá. Precisamos disso e estaremos lá.”
São os apelos ao apoio popular, como aconteceu nos estádios olímpicos, de Paris ao Taiti, desde 26 de julho e na grande cerimónia de abertura. Os Blues querem finalmente entrar nestas Olimpíadas, actualmente disputadas entre Lyon e Saint-Etienne, com um grande ambiente mas público limitado (cerca de 35.000 contra a Colômbia, 20.000 contra o Canadá e 25.000 contra a Nova Zelândia). Eles sabem que esta qualificação para as quartas de final, depois de vencer os neozelandeses na noite de quarta-feira (2-1), pode mudar a situação.
O Brasil fala com todos, até com as mulheres. Depois de conquistar a prata em Atenas (2004) e Pequim (2008), Uriverdi não é mais a rainha do futebol, mas ainda oferece algo especial. Um crédito especial vai para a lenda Marta (38 anos), que ainda está ao mais alto nível, apesar do cartão vermelho que recebeu na última quarta-feira contra a Espanha, que a impediu de levar um choque contra os franceses. “O Brasil me lembra coisas”, sorri Amandine Henry, referindo-se às oitavas de final da Copa do Mundo de 2019. Tentaremos fazer uma nova versão, um pouco mais cedo, espero. (Vitória na prorrogação, 2-1). »
“Abram caminho para o Brasil”, diz Hervé Renard. É uma grande equipe, nós os conhecemos na Copa do Mundo do ano passado. Foi uma partida difícil (Vitória por 2-1). Cabe a nós fazer o mesmo para atingir o objetivo (a medalha). Os meninos contra a Argentina, e nós contra o Brasil, são dois cartazes lindos. Cabe a nós nos classificarmos para as quartas de final. “Será um grande jogo”, continua Marie-Antoinette Katoto, que marcou cinco gols em três partidas desde o início dos Jogos. Sei que ganharemos impulso. Já estamos nos preparando para esse encontro. »
Como costuma acontecer, a mais falante chamou Salma Pasha: “Você me conhece, não tenho medo de ninguém. Já jogamos com eles. É uma boa equipe e uma grande nação. Continuamos. O cansaço instala-se mas esta competição está na cabeça. É isso. É a linha reta. Temos que dar tudo. Temos três jogos restantes e temos que dar tudo. O jogo do ano passado é uma boa lembrança. Nós os superamos. Eles vão se vingar. Nós podemos fazer isso. Você só precisa estar confiante. »
“Nas Olimpíadas, sabemos que a fasquia é muito alta”, diz Eugenie Le Sommer. O Brasil está em terceiro lugar no grupo e tem muitas qualidades com as quais devemos ter cuidado. “Isso deve nos dizer de forma conclusiva sobre o verdadeiro nível desta seleção francesa. A busca pelas medalhas passa agora por Nantes, Marselha (nas meias-finais) e Paris (na final). Com desvio pelo Rio de Janeiro.