Lembra o ex-presidente da região Antoine Karam

Lembra o ex-presidente da região Antoine Karam

Em 1992, os principais países se interessaram por questões ambientais e de desenvolvimento. O presidente François Mitterrand conectou os representantes eleitos da Guiana à conferência das Nações Unidas no Rio de Janeiro em junho de 1992. Antoine Karam, então presidente da região, lembra.


O clima continua se deteriorando. Inundações de agosto em Saint-Laurent, uma estação chuvosa excepcional na Guiana, a Europa está em chamas e parece que a Amazônia não está mais desempenhando seu papel natural de regulador de oxigênio, e a Groenlândia está começando a recuar. Quase soam como pistas para um roteiro de filme de ficção científica. Infelizmente, o IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas) As conclusões do sexto relatório em 9 de agosto, que indicam claramente que o aquecimento global está se acelerando, com consequências às vezes irreversíveis.

No entanto, na Cúpula do Planeta Terra, convocada pela Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, em junho de 1992, ainda havia boas esperanças de sucesso em deter a catástrofe climática que estamos vivenciando.

Guiana no topo do planeta no Rio de Janeiro

A Guiana esteve representada nesta cúpula com Elie Castor e Antoine Karam. Este último se lembra desse período. Em março, ele assumiu o cargo de George Otili como chefe do agrupamento regional:

O Presidente da República, François Mitterrand, convidou executivos e parlamentares da Guiana para acompanhá-lo ao Rio. Tínhamos que viajar no Força Aérea Um, mas Elie Castor, Presidente do Conselho Geral sugeriu uma abordagem diferente: sair da Guiana juntos para ir ao Rio, mas via São Paulo para assistir às manifestações desta cúpula …

Esta delegação foi, finalmente, composta por Elie Castor, Antoine Karam, Georges Elfort, Prefeito de St. George e Georges Paint. Esses representantes da Guiana viajaram na empresa brasileira que atendia a Guiana na época: Cruzeiro do Sul. E assim deram grandes saltos: Caiena / Belém e depois Belém / São Paulo, para finalmente participar do grande encontro já organizado sobre o tema ambiental da Grande Paulista.
No dia 14 de junho, eles estiveram presentes conforme planejado no Rio de Janeiro ao lado do presidente François Mitterrand.

O presidente fez seu discurso e nós participamos dele. Mas não falamos quando éramos membros da delegação francesa. Ele afirmou o compromisso e a declaração de intenções de criar um parque meridional que se tornou um parque amazônico. Houve discussões anteriores com Segolene Royal, Ministro do Meio Ambiente, e Louis Le Pensic, Ministro do Exterior … Havia 4 signatários desta Declaração de Intenções, Ministro das Relações Exteriores – Mir, Louis Le Pensic, Ministro do Meio Ambiente , Ségolène Royal e Antoine Karam, Presidente da Região da Guiana Wiley Castor, Presidente do Conselho Geral, sob os auspícios do Presidente da República …

Antoine Karam especifica que os governantes eleitos da Guiana, na época, não apoiaram a criação deste famoso parque nacional, mas Elie Castor os convenceu com uma referência especial:

Anteriormente, ele teve a oportunidade de visitar a Costa Rica, que foi um exemplo perfeito de um parque ecológico nacional. Uma ferramenta a serviço do desenvolvimento econômico, não uma ferramenta coberta … Com abertura ao turismo, planejamento regional e geração de empregos …

Da promessa de um jardim natural, uma ferramenta de desenvolvimento, a uma garantia científica

O primeiro optou por acrescentar que, na época, não existia nenhum movimento ambientalista na Guiana. Mas depois do entusiasmo veio a hora da decepção, lembra Antoine Karam:

Posteriormente, a Ministra do Meio Ambiente sob a presidência de Chirac, Corinne Lepage, que veio à Guiana e na frente de todos os membros eleitos do Conselho Geral e na presença de Christian Tobira, praticamente contratou os cientistas para o projeto. Esses estudiosos tiveram que se colocar sob a cobertura da área. Nunca esqueci esta frase da Sra. Tobira: “Por quererem nos trancar sob o sino, as Guianas só terão que ir morar nas Ilhas da Salvação …”

E Antoine Karam acrescenta que este processo continuou seu curso durante anos sem nenhuma informação real e regular por parte dos funcionários dos correios à época encarregados deste projeto. Por fim, informou que foi encontrado e assinado um compromisso entre José Gilo, o delegado regional eleito, e Angie Mancini, a governadora.

… na forma de parte da população e do povo do rio, o povo nunca aderiu. Para eles, essa era a forma de impedir o desenvolvimento e, principalmente, a prospecção legal de ouro. E foi exatamente isso o que aconteceu, porque foi aí que os garimberos tiraram o ouro ilegalmente em certa escala. Hoje o parque é o que é: dois terços do território da Guiana são ocupados pelo parque. Não correspondeu às nossas expectativas como acontecia em alguns países da América do Sul … Queríamos um parque aberto à economia, ao turismo com ordenamento do território com caminhos e estradas e não um parque fechado a si próprio ao serviço dos estudiosos …

Parque Nacional da Guiana Foi criado oficialmente por decreto ministerial em 27 de fevereiro de 2007.

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Em conclusão, sobre a liberalização do clima, Antoine Karam pergunta:

“Não sei quais são as soluções. É uma realidade terrena e seria inconsistente ignorar o que está acontecendo. As grandes potências tomarão decisões drásticas para reverter a tendência?”

Rio Summit 1992 3 a 14 de junho de 1992 – O Grande Avanço Ambiental do Último Século

A Cúpula do Rio é o nome comum da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Brasil, no Rio de Janeiro, de 4 a 14 de junho de 1992. Seu impacto representou um marco no progresso ambiental global. Reuniu 17 mil ativistas ambientais e possibilitou aos principais países do mundo, numerosos e presentes, afirmar suas prioridades no que diz respeito à preservação do meio ambiente e ao desenvolvimento sustentável.
Todos esses líderes concordaram com uma carta que documenta os princípios do manejo florestal em particular. Isso deu origem a 3 textos fundamentais:

  • Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (um texto de 27 princípios que definem o conceito de desenvolvimento sustentável).
  • Programa de Ação 21 (a referência para a implementação do desenvolvimento sustentável em nível regional).
  • Acordo do Clima (enfatiza a necessidade de reduzir as emissões de gases de efeito estufa e leva à assinatura do Protocolo de Quioto).

encontre aqui Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento
Princípios de Manejo Florestal

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