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Mau tempo sem precedentes deixa pelo menos 100 mortos

Após as inundações sem precedentes no sul do Brasil, o balanço provisório mostra 100 mortos, 128 desaparecidos e 372 feridos. O número de vítimas deverá aumentar ainda mais dada a situação catastrófica no estado do Rio Grande do Sul. As chuvas torrenciais deram lugar a cenas de desolação com casas inundadas, estradas intransitáveis ​​e carros submersos na lama. Para prevenir todos os riscos, as autoridades pediram aos residentes que não regressassem às áreas ainda em risco.

Devido às inundações, mais de 160 mil pessoas tiveram que fugir de suas casas. Mais de 400 localidades, incluindo a capital regional Porto Alegre, foram duramente atingidas por este mau tempo excepcionalmente violento. A busca e resgate de vítimas é extremamente difícil para os socorristas que lutam para atravessar ruas inundadas. As autoridades também temem um risco significativo para a saúde. “Água contaminada pode transmitir doenças”, alertou Sabrina Ribas, porta-voz da Defesa Civil.

Mais chuvas ainda são esperadas

Infelizmente, o Sul do Brasil não se contenta com o mau tempo. euInstituto Nacional de Meteorologia (Inmet) sim, prevê mais chuvas, representando um “grande perigo” no sul do estado. Chuvas e ventos intensos são esperados nesta área antes preservada. Entre sexta e domingo, o Inmet também anuncia novas precipitações na região de Porto Alegre, acompanhadas de queda nas temperaturas.

Há vários anos, o Brasil tem sido fortemente afetado por eventos climáticos extremos, assim como muitos outros países da América do Sul. Num comunicado de imprensa, oOrganização Meteorológica Mundial (OMM), uma agência da ONU, anunciou que o fenómeno El Niño e as alterações climáticas causadas pelo homem estão a causar um número recorde de desastres ambientais neste continente em 2023.

Extensão dos danos económicos

Se o número de vítimas humanas continuar a aumentar na região, as primeiras avaliações da extensão dos danos materiais deixarão a sua marca. Segundo estimativas, cerca de 100 mil casas foram danificadas ou destruídas. Segundo a Confederação Nacional de Municípios, os prejuízos económicos já atingiram 4,6 mil milhões de reais (cerca de 842 milhões de euros).

O mau tempo também paralisou toda a região, principalmente a cidade de Porto Alegre que ficou totalmente paralisada. As operações portuárias estão suspensas e o aeroporto segue fechado por tempo indeterminado. As águas continuaram a subir no setor Gasomètre, importante ponto turístico a oeste da cidade.

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