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Michelle Bolsonaro surge como potencial candidata à vice-presidência do Brasil – rts.ch

O ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro foi declarado inelegível por oito anos. Enquanto seus aliados evangélicos começam a traçar alternativas para a eleição presidencial de 2026, a ideia de ver Michelle, sua esposa, concorrer à vice-presidência ganha força.

O Brasil descobriu Michelle Bolsonaro em 1º de janeiro de 2019, dia da cerimônia de posse de seu marido. Diante de milhares de pessoas e câmeras de televisão, a nova primeira-dama faz um discurso em língua de sinais que um intérprete traduz simultaneamente para o português.

Proximidade com a Igreja Evangélica

Durante a gestão de Jair Bolsonaro, a mulher de 41 anos se manteve discreta. Ela se envolveu com pessoas com deficiência e mostrou sua fé e sua proximidade com a Igreja Evangélica.

“Seria muito bom para o nosso país ter uma mulher com esse perfil: uma guerreira, uma mulher que acredita em Deus e uma mulher engajada em obras sociais”, avalia Maria Romana, pastora em Salvador da Bahia, que imagina bem Michelle como vice-presidente.

“Tenho certeza que o Brasil estaria melhor e pode sair vitorioso com ela como vice-presidente”, afirmou.

Falta de experiência

No entanto, existem reservas entre os eleitores da direita brasileira, em particular porque Michelle Bolsonaro nunca teve um mandato. Luis Tourinho, militante do Partido Liberal, considera que ainda é muito cedo para Michelle Bolsonaro concorrer ao cargo de vice-presidente.

Michelle e Jair Bolsonaro com Tarcísio Freitas, em 2022. [Suamy Beydoun – AGIF – AFP]“No curto prazo, não a vejo nessa posição”, diz. “Acho que ela terá um papel importante nos bastidores. Mas na política tudo pode acontecer. Anos nos separam da eleição.”

Michelle Bolsonaro seria associada a Tarcísio de Freitas, governador do estado de São Paulo. Esse ex-ministro de Jair Bolsonaro e católico praticante não fez nenhum comentário. Mas uma chapa com a ex-primeira-dama poderia, dizem, tornar mais fácil para ela atrair os 52% dos evangélicos que votaram em seu ex-chefe, em grande parte graças a Michelle Bolsonaro.

8 anos de inelegibilidade

Em 30 de junho, Jair Bolsonaro foi condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a 8 anos de prisão por abuso de poder político e uso indevido de meios de comunicação.

O ex-chefe de Estado brasileiro foi punido por seus ataques sem provas contra a suposta falta de confiabilidade das urnas eletrônicas, poucos meses antes da eleição vencida por seu rival de esquerda Luiz Inácio Lula da Silva.

>> Leia novamente: Ex-presidente Jair Bolsonaro é condenado a oito anos de inelegibilidade

Jean-Claude Gerez/edel com dpa

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