Mulheres do Vale do Ribeira no Brasil, atores da agroecologia

Mulheres do Vale do Ribeira no Brasil, atores da agroecologia

No Brasil, no Vale do Ribeira, no estado de São Paulo, as mulheres são responsáveis ​​pela gestão de hortas, pomares, hortas e sistemas agroflorestais, devendo também garantir a alimentação e a saúde de sua família graças à sua produção. Este papel, que lhes é atribuído socialmente, faz com que sejam os primeiros a observar as mudanças que afetam o seu ambiente, tanto do ponto de vista ecológico como de saúde. Mas mal remuneradas, numa lógica em que os homens ocupam uma posição largamente dominante, as mulheres permanecem invisíveis e reduzidas ao silêncio.

O projeto de investigação GENgiBRe pretende compreender a relação que os agricultores agroecológicos têm com a “natureza” e o papel que essa relação pode desempenhar no seu compromisso com a defesa da sua visão do território e contra a discriminação. Nesse contexto, foi realizada uma série de entrevistas durante a Caravana Agroecológica e Feminista, uma verdadeira jornada política e científica para conhecer membros da comunidade e entender como a mobilização foi forjada.

Agroecologia, na encruzilhada da ciência, tecnologia e questões sociais

Neste território, as indústrias mineiras e agroalimentares exercem uma pressão muito forte sobre os ecossistemas. Além das destruições mais visíveis, como o desmatamento, há a contaminação invisível da água, do solo e do ar, causando problemas de saúde e doenças. A implementação de uma abordagem agroecológica leva a repensar os métodos de produção e alimentação para construir um modelo que respeite mais os ecossistemas e seja mais ético. É um conceito que integra um conjunto de práticas agrícolas e alimentares, uma ciência e um movimento social.

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