Postado em 17/09/2021 Atualizado em 17/09/2021
Jules Girardet, gerente de projetos para a América Latina, nos ilumina sobre um assunto pouco conhecido na Amazônia brasileira: o desenvolvimento do trabalho escravo. Com ele, descubramos a luta da CPT contra esta indignidade humana.
“Fomos tratados pior do que animais”. É assim que se resume o depoimento das inúmeras vítimas da escravidão no Norte do Brasil.
A escravidão moderna é outro flagelo escondido atrás do desmatamento da Amazônia, menos conhecido, mas muito presente nos setores agrícolas brasileiros. Uma realidade enfrentada por quase 50.000 pessoas.
Recrutados a milhares de quilômetros de suas casas, os trabalhadores só descobrirão quando chegarem que serão prisioneiros de suas dívidas.
Eles são obrigados a reembolsar todas as despesas relacionadas às suas viagens, às quais muitas vezes são acrescidos de ferramentas, alimentação e acomodação.
Uma conta obviamente impagável que os condena à servidão e ao trabalho forçado em condições indignas.
A Comissão Pastoral da Terra no Tocantins (CPT), que apoiamos, intervém para socorrer as vítimas e atuar na dependência de quem as explora.
A associação também realiza trabalhos de prevenção e sensibilização na esfera pública e política.
Graças à sua luta, o Estado brasileiro pôs em prática uma política nacional para acabar com essas práticas ultrajantes. Desde 1995, quase 55.000 escravos foram libertados.
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