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Na conclusão da reunião realizada no Brasil: O G20 está comprometido em “resistir ao protecionismo no comércio”

Uma declaração aprovada pela reunião dos líderes financeiros do G20 alertou para o impacto da escalada de guerras e conflitos na economia global.

Os conflitos geopolíticos poderão minar as perspectivas de uma aterragem suave, enquanto a cooperação global poderá ter o efeito oposto, estimulando o crescimento. “Estamos encorajados pela possibilidade crescente de uma aterragem suave para a economia global, mesmo que ainda subsistam muitos desafios”, sublinharam os ministros das finanças e os líderes dos bancos centrais do Grupo das Vinte principais economias globais no seu comunicado de imprensa.

Estes últimos, que realizaram uma reunião de dois dias no Brasil, afirmam estar empenhados em “resistir ao protecionismo no comércio”, ao mesmo tempo que apelam à redução da desigualdade económica. Para tal, os líderes do G20 apelaram à cooperação com o objectivo de tributar eficazmente a maior riqueza do mundo.

Este é o tema que dominou os trabalhos da reunião de dois dias de ministros das Finanças, que está prevista para ser preparada para a reunião de chefes de Estado e de governo destes países em Novembro próximo. “Com total respeito pela soberania fiscal, procuraremos cooperação para garantir uma tributação eficaz dos indivíduos ricos”, afirmaram responsáveis ​​do G20 na sua declaração conjunta.

Isto acontece apelando a uma “política fiscal eficaz, justa e progressiva” porque “a desigualdade de riqueza e de rendimento prejudica o crescimento económico e a coesão social e agrava as vulnerabilidades sociais”.

O Ministro das Finanças brasileiro e o Presidente das Obras Públicas sublinharam em comunicado que os membros do G20 concordam com “a necessidade de trabalhar por sistemas fiscais mais transparentes, justos e equitativos, incluindo no que diz respeito aos super-ricos, que devem contribuir para alcançar maior igualdade.” e comunidades sustentáveis.

Resiliência

Mas os mesmos líderes não conseguiram estabelecer um imposto mínimo negociado internacionalmente sobre os mais ricos, como o Brasil havia proposto. Outros países, como a Alemanha ou os Estados Unidos, vêem os impostos como uma questão soberana de cada país. A França, a África do Sul, a Espanha e a União Africana manifestaram o seu acordo em impor impostos internacionais conjuntos. No que diz respeito à actividade económica mundial, os mesmos líderes destacaram a tendência para a resiliência em muitas regiões, mas a recuperação continua desigual dependendo das circunstâncias de cada país.

“A IA, um factor de impulso ao crescimento, pode representar um risco negativo para o crescimento, tal como a fragmentação económica e a inflação persistente que mantém as taxas de juro mais elevadas durante mais tempo, bem como eventos climáticos extremos e dívida excessiva”, alertam os líderes financeiros do G20. Ao discutir os riscos climáticos, os mesmos líderes concordaram que um factor que agrava a desigualdade global é o facto de os países pobres suportarem uma maior parte dos custos do combate às alterações climáticas.

Os responsáveis ​​do G20 também apelaram à reforma do Fundo Monetário Internacional, que deverá conferir maior poder de decisão às economias emergentes e aos países em desenvolvimento. Apelam à “necessidade e importância de reorganizar as quotas de modo a reflectir melhor as posições relativas dos membros na economia global”.

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Opal Turner

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